Acredito que a felicidade passe, entre outras coisas, por termos uma postura positiva na vida. Todos passamos por fases extremamente duras. É preciso termos consciência de que acima das núvens o céu está sempre azul e o sol brilha. Também isto há de passar.
Neste momento não é o individuo que está a atravessar uma fase difícil, é a humanidade. Estamos todos no mesmo barco.
Tal como, imagino, a maioria de vocês, por razões várias e a vários níveis, também estou a sofrer pa caramba com esta m*** O sentimento actual do mundo é de sofrimento. Estamos todos a tentar adaptar-nos a uma nova realidade, para tentarmos sobreviver.
No outro dia alguém, referindo-se à vida social que todos perdemos e tanta falta nos faz, pergunta-va-se se alguma vez voltaríamos ao antigamente, àquela descontracção alegre e ligeira de partilhar espaços com outros seres humanos. Respondi-lhe que não tenho qualquer dúvida de que, mais tarde ou mais cedo, essa “normalidade” regresse. A questão é quem é que ainda cá está para a viver. Há portanto que fazer por isso.
Sou uma pessoa extraordinariamente social. Não o social da festa, do evento, da discoteca... social “en petit comité”, encontros mais caseiros, mais íntimos. Tenho-me aguentado que nem uma leoa. Desde que tudo isto começou, exptuando o verão em que estivemos com mais gente, tirando um que outro membro da família demo-nos sempre com as mesmas 6 pessoas. Foram as únicas com quem privámos no "olho do tornado" e com quem mantivemos contacto regular por telefone quando a coisa começou a virar negra.
Porquê estes? Não sei... aconteceu.
Isto não quer dizer que não falemos regularmente com outras pessoas, mas com menos frequência. Esta pandemia tem aliás trazido uma que outra surpresa. Ás tantas damos por nós a comunicar frequentemente com pessoas com quem não o fazíamos tanto antes e, por outro lado, pessoas que faziam parte do nosso dia a dia “do antigamente” vão-se desvanecendo por falta de contacto. É assim uma espécie de selecção natural.
Dito isto andava, confesso, a trepar ás paredes com falta do social, do espírito de matilha, do grupo. Os grupinhos de WhatsApp, dos quais todos nós devemos ter uma data deles, não são a mesma coisa. Trocar uns memes, uns vídeos de gatos, umas gajas nuas e mandar umas bocas, não tiram a barriga de misérias, sabe a pouco.
De repente, dei-me conta de que não eram só os abraços que faziam falta. Faz falta o granel, várias pessoas a falar, o entrelaçar de conversas. Faz falta a “orgia” social!
Se há coisa que me ajuda a ultrapassar as agruras, é sentir-me extraordinariamente grata por tudo o que tenho de bom na vida. Comparando-me com os outros, que seja sempre para baixo, nunca para cima, não me passa pela cabeça quem tem mais, melhor ou mais fácil mas sim quem está pior, em maior sofrimento, com mais dificuldades. Compreender que pode sempre ser pior é meio caminho andado para nos sentirmos melhor com a nossa situação.
Assim, inevitavelmente, penso muitas vezes na gripe espanhola. Sem telefone, sem televisão, computadores, smartphones... De repente, senti-me a pessoa mais sortuda do mundo. Criei então um grupo de Messenger e acrescentei os seis...
Desde então, falamos diariamente aos fins de tarde (enganei-me a escrever o nome do grupo e ficou “Funs de tarde” mas deixei porque me pareceu apropriado).
Umas vezes estão uns, outras vezes estão outros, não marcamos faltas. Nalguns dias a conversa é mais séria noutros mais parva. Cada um continua com o que estava a fazer no momento, a trabalhar ao computador, a cozinhar, a passear o cão... a malta entra e conversa.
Tal como, imagino, a maioria de vocês, por razões várias e a vários níveis, também estou a sofrer pa caramba com esta m*** O sentimento actual do mundo é de sofrimento. Estamos todos a tentar adaptar-nos a uma nova realidade, para tentarmos sobreviver.
No outro dia alguém, referindo-se à vida social que todos perdemos e tanta falta nos faz, pergunta-va-se se alguma vez voltaríamos ao antigamente, àquela descontracção alegre e ligeira de partilhar espaços com outros seres humanos. Respondi-lhe que não tenho qualquer dúvida de que, mais tarde ou mais cedo, essa “normalidade” regresse. A questão é quem é que ainda cá está para a viver. Há portanto que fazer por isso.
Sou uma pessoa extraordinariamente social. Não o social da festa, do evento, da discoteca... social “en petit comité”, encontros mais caseiros, mais íntimos. Tenho-me aguentado que nem uma leoa. Desde que tudo isto começou, exptuando o verão em que estivemos com mais gente, tirando um que outro membro da família demo-nos sempre com as mesmas 6 pessoas. Foram as únicas com quem privámos no "olho do tornado" e com quem mantivemos contacto regular por telefone quando a coisa começou a virar negra.
Porquê estes? Não sei... aconteceu.
Isto não quer dizer que não falemos regularmente com outras pessoas, mas com menos frequência. Esta pandemia tem aliás trazido uma que outra surpresa. Ás tantas damos por nós a comunicar frequentemente com pessoas com quem não o fazíamos tanto antes e, por outro lado, pessoas que faziam parte do nosso dia a dia “do antigamente” vão-se desvanecendo por falta de contacto. É assim uma espécie de selecção natural.
Dito isto andava, confesso, a trepar ás paredes com falta do social, do espírito de matilha, do grupo. Os grupinhos de WhatsApp, dos quais todos nós devemos ter uma data deles, não são a mesma coisa. Trocar uns memes, uns vídeos de gatos, umas gajas nuas e mandar umas bocas, não tiram a barriga de misérias, sabe a pouco.
De repente, dei-me conta de que não eram só os abraços que faziam falta. Faz falta o granel, várias pessoas a falar, o entrelaçar de conversas. Faz falta a “orgia” social!
Se há coisa que me ajuda a ultrapassar as agruras, é sentir-me extraordinariamente grata por tudo o que tenho de bom na vida. Comparando-me com os outros, que seja sempre para baixo, nunca para cima, não me passa pela cabeça quem tem mais, melhor ou mais fácil mas sim quem está pior, em maior sofrimento, com mais dificuldades. Compreender que pode sempre ser pior é meio caminho andado para nos sentirmos melhor com a nossa situação.
Assim, inevitavelmente, penso muitas vezes na gripe espanhola. Sem telefone, sem televisão, computadores, smartphones... De repente, senti-me a pessoa mais sortuda do mundo. Criei então um grupo de Messenger e acrescentei os seis...
Desde então, falamos diariamente aos fins de tarde (enganei-me a escrever o nome do grupo e ficou “Funs de tarde” mas deixei porque me pareceu apropriado).
Umas vezes estão uns, outras vezes estão outros, não marcamos faltas. Nalguns dias a conversa é mais séria noutros mais parva. Cada um continua com o que estava a fazer no momento, a trabalhar ao computador, a cozinhar, a passear o cão... a malta entra e conversa.
Não preciso de vos contar o que se passa num grupo de amigos, todos o sabemos, é fixe, aquece o coração. Pois, acreditem ou não, exceptuando a parte física, consegue-se ter essa sensação remotamente. É tão booom!!!
Estes nossos encontros diários, aos quais eu própria me baldo volta não volta porque, por alguma razão, não deu jeito, são actualmente o grande pilar da minha sanidade mental.
Estes nossos encontros diários, aos quais eu própria me baldo volta não volta porque, por alguma razão, não deu jeito, são actualmente o grande pilar da minha sanidade mental.
Aqui fica a prova de que estamos todos cheios de sanidade mental.
COM MUSICA