COM MÚSICA
Dito isto, estava eu ontem a babar-me em frente ao monitor, quando “passa” uma foto do primeiro aniversário dele… Eu com ele ao colo, a apagar a velinha… :)))
Chiça, que envelheci desde então!!! :(
Foi à cinco anos, caraças… cinco anos é muito tempo?! Como é que fiquei com esta pele de velha e tantos cabelos brancos?
lolololololololololol
Isto fez-me mais uma vez pensar na questão da idade… Na maneira como certas pessoas se “recusam” a envelhecer… Como se tivessem opção… pfffffff
Uma vez, numa entrevista à Elle McPherson, perguntaram-lhe:
“Como manequim, o que pensa do envelhecimento? É uma ideia que a assusta?”
“Não, acho fantástico… já pensou na alternativa?”
My point exactly… ; )
Nós nascemos, crescemos, envelhecemos, morremos… é a ordem natural das coisas.
Se os primeiros dois processos são naturalmente aceites pelas pessoas, no que diz respeito aos últimos dois, vai lá vai…
É meio mundo a tentar arranjar maneira de continuar jovem até à morte, se esta não puder mesmo ser evitada… lol
Várias pessoas me chateiam por não pintar o cabelo… e quando digo “chateiam” não estou a exagerar, zangam-se comigo, ralham-me… “Faz-te velha!”
“Mas, velha como?” Pergunto eu… “Pareço ter sessenta anos? Pareço ter cinquenta anos?...” Invariavelmente respondem que pareço basicamente ter a idade que tenho… lol
Acham no entanto que se pintasse o cabelo poderia parecer mais nova…
Não vejo qualquer inconveniente em que se pinte o cabelo. Eu não pinto por duas razões muito simples, primeiro porque gosto de facto das minhas lindas “madeixas” brancas, depois porque simplesmente não tenho pachorra para essas merdas… não fui feita para ser gaja, devia mijar em pé… Grunf!
A malta acha no entanto um crime que não o faça… como se estivesse a “revelar um segredo”, a relembrar que por baixo das tintas quase todos nós, com esta idade, temos mais ou menos cabelos brancos e que isso é sinal de velhice…
Eu, pelo meu lado, acho uma pena que as pessoas não consigam assumir a idade que têm e viver em paz com isso. Cada fase da nossa vida tem o seu encanto… a infância, a adolescência, o início da idade adulta e todas as seguintes.
As crianças estão conscientes das suas “limitações” enquanto crianças e parecem viver bem com isso… os adultos revoltam-se.
Faz-me confusão a malta que continua a querer viver como se tivesse vinte anos. Que se recusa a ver que já não “pode” fazer certas coisas…
Este inverno, por exemplo, a minha irmã e eu tivemos um trabalhão do caraças para tentar fazer perceber à nossa mãe, de sessenta e tal anos (quinze mentais… lol), que não era boa ideia experimentar o snowboard… que um historial de hérnia discal, ciática e vertebra rachada associado ao peso dos anos, era capaz de ser um bocado over kill… Não foi fácil... Ficou amuada connosco.
Não há nada mais patético do que uma velha gaiteira…
... aquelas tias, todas coladas com cuspo, que roubam os jeans às filhas para parecerem mais novas.
Ou os velhos jarretas a ostentar as suas beldades de vinte anos, com o comprimidinho de Viagra no bolso…
...lá diz o ditado popular, “Burro velho não toma andadura; e se a toma, pouco dura” ; )
Perdemos coisas com a idade… perdemos sim senhor… mas será que não ganhamos outras? O passar do tempo deveria servir para ganharmos serenidade, paz de espírito, para nos sentirmos bem com nós próprios e com os outros. Para vivermos bem com o que temos em vez de nos lamentarmos do que já não temos. Sobretudo porque, aqui entre nós, não há na realidade grande coisa a fazer, como se costuma dizer “o tempo não perdoa”…
Como recebi uma vez num mail:
Forget about the past, you can't change it.
Forget about the future, you can't predict it.
Forget about the present, I didn't get you one.
lolololololololol
PS: Embora reconheça que o possa parecer, este post não é nenhuma boca a amigos recém adquiridos e... menos jovens. ; )