COM MÚSICA
Acho que é desta que vou ser linchada… lol
Ora bem, deixem-me respirar fundo e baixar a cabeça para enfrentar as bastonadas, antes de começar a escrever este post… cá vai vai então…
Está a fazer-me muita confusão a verdadeira onda de violência verbal que tenho presenciado nestes últimos tempos relativamente à abstenção nas eleições…
Eu hoje fui votar… tenho quarenta e quatro anos e deve ser a quarta ou quinta vez que voto…
Fui votar e ofereci o meu voto a um amigo… não a um político, a um cidadão como eu e você… lol
Porque não? Se posso oferecer prendas… se posso oferecer tempo… porque não haveria de poder oferecer o meu voto?
Votando, seria provavelmente onde votaria de qualquer maneira, mas a realidade é que só me desloquei por causa dele, porque sabia que para ele era importante.
Não costumo votar porque vivo no mundo da lua, vivo completamente a leste de todas as politiquices nacionais e internacionais, não leio jornais, não vejo televisão.
Se esta é uma atitude positiva ou não, seria tema para outro post, mas estou aberta a todo o tipo de críticas construtivas a este respeito.
Eu sou simplesmente assim, não consigo ir a todas e a minha vida é uma coisa assim mais “caseirinha”. Ás vezes pergunto-me se não serei intrinsecamente loira mas a realidade é que I don’t give a damn. Não me tenho dado mal e, até alguém me convencer de que estou profundamente errada, não vejo razões para mudar.
Dir-me-ão que sou uma completa idiota, que o resultado das votações tem tudo a ver comigo, que a política, que tão levianamente renego, irá entrar pelo meu dia a dia adentro e afectar-me directamente.
Pois que estou consciente de que têm toda a razão… só que isso não afecta em nada a minha posição.
Já alguém me ouviu queixar da “merda de país em que vivemos”, reclamar contra o governo ou cascar no Sócrates? Já alguém, alguma vez, me ouviu falar em política, passada, presente ou futura ? Pois… é que nem penso nisso.
Para mim as coisas são mais imediatas, não consigo ver a causa e efeito das medidas tomadas por um governo a não ser que mas abanem à frente dos olhos e expliquem como se tivesse dois anos.
“Um direito, um dever cívico”, pois permitam-me que discorde.
Um direito, sim senhor e um direito muitíssimo importante.
Um dever?! Não consigo concordar com isso…
E sabem porquê?
Porque eu levo qualquer votação a sério, não acho que seja coisa para se andar a “brincar”. Acho que quem vota deve fazê-lo porque acredita que a sua “palavra a dizer” é importante mas, mais importante ainda, porque é conhecedor das opções que tem em aberto e, em consciência, escolheu uma.
Li hoje no facebook que “… quem não vota, não escolhe!”
Desculpem, mas isto não será uma Lapalissade nem nada?
O que está, na minha opinião, em questão é o porquê da coisa, não votou porquê?
O Guincho estava demasiado fantástico?
Havia eventos no autódromo? (ouvi roncar motores o dia todo…lol)
Não lhes apeteceu despir o pijama?
Enfim, estão a ver a ideia…
E depois vão acintosamente criticar o estado das coisas??!
Têm opiniões, muitas vezes convictas, mas acham que não as devem partilhar com o resto do país fazendo uma cruz num papelito?
Tá mali !! Pois claro que está mali…
Mas… agora imaginem a seguinte situação…
A mãe (porque é que tem de ser sempre a mãe?... ;) dá a escolher à família o que quer jantar.
Uns emitem a sua opinião, outros dizem que lhes é indiferente e em função disto define-se o menu.
Dos que afirmaram ser-lhes indiferente, alguns descobrem que afinal tinham uma séria vontade de alguma das coisas, tipicamente a que não têm no prato, outros comem e calam.
Os primeiros são sem dúvida os abstencionistas típicos. Não ouvem a pergunta ou no momento da escolha “têm mais que fazer” e depois refilam.
Concordo que isto seja muito irritante. Baldam-se à tomada de decisões e depois mandam vir com as que foram tomadas.
Mas e os outros? E aqueles que comem o que se lhes põe à frente e não chateiam?!
Notem que isto não quer dizer que comam qualquer merda, estragada, salgada, queimada mas, baseando-se no princípio de que a refeição venha para a mesa em estado de ser comida, apesar de poderem evidentemente ter preferências, tanto se lhes faz carne ou peixe…
Mas ainda bem que alguém toma a decisão do que cozinhar, senão não se comia.
No meu caso, simplesmente não sou “má boca”… será pecado?!
Será que numa democracia as pessoas não terão também o direito de não votar?
Eu voto no direito a poder eventualmente ficar calado… ;)
Ora bem, deixem-me respirar fundo e baixar a cabeça para enfrentar as bastonadas, antes de começar a escrever este post… cá vai vai então…
Está a fazer-me muita confusão a verdadeira onda de violência verbal que tenho presenciado nestes últimos tempos relativamente à abstenção nas eleições…
Eu hoje fui votar… tenho quarenta e quatro anos e deve ser a quarta ou quinta vez que voto…
Fui votar e ofereci o meu voto a um amigo… não a um político, a um cidadão como eu e você… lol
Porque não? Se posso oferecer prendas… se posso oferecer tempo… porque não haveria de poder oferecer o meu voto?
Votando, seria provavelmente onde votaria de qualquer maneira, mas a realidade é que só me desloquei por causa dele, porque sabia que para ele era importante.
Não costumo votar porque vivo no mundo da lua, vivo completamente a leste de todas as politiquices nacionais e internacionais, não leio jornais, não vejo televisão.
Se esta é uma atitude positiva ou não, seria tema para outro post, mas estou aberta a todo o tipo de críticas construtivas a este respeito.
Eu sou simplesmente assim, não consigo ir a todas e a minha vida é uma coisa assim mais “caseirinha”. Ás vezes pergunto-me se não serei intrinsecamente loira mas a realidade é que I don’t give a damn. Não me tenho dado mal e, até alguém me convencer de que estou profundamente errada, não vejo razões para mudar.
Dir-me-ão que sou uma completa idiota, que o resultado das votações tem tudo a ver comigo, que a política, que tão levianamente renego, irá entrar pelo meu dia a dia adentro e afectar-me directamente.
Pois que estou consciente de que têm toda a razão… só que isso não afecta em nada a minha posição.
Já alguém me ouviu queixar da “merda de país em que vivemos”, reclamar contra o governo ou cascar no Sócrates? Já alguém, alguma vez, me ouviu falar em política, passada, presente ou futura ? Pois… é que nem penso nisso.
Para mim as coisas são mais imediatas, não consigo ver a causa e efeito das medidas tomadas por um governo a não ser que mas abanem à frente dos olhos e expliquem como se tivesse dois anos.
“Um direito, um dever cívico”, pois permitam-me que discorde.
Um direito, sim senhor e um direito muitíssimo importante.
Um dever?! Não consigo concordar com isso…
E sabem porquê?
Porque eu levo qualquer votação a sério, não acho que seja coisa para se andar a “brincar”. Acho que quem vota deve fazê-lo porque acredita que a sua “palavra a dizer” é importante mas, mais importante ainda, porque é conhecedor das opções que tem em aberto e, em consciência, escolheu uma.
Li hoje no facebook que “… quem não vota, não escolhe!”
Desculpem, mas isto não será uma Lapalissade nem nada?
O que está, na minha opinião, em questão é o porquê da coisa, não votou porquê?
O Guincho estava demasiado fantástico?
Havia eventos no autódromo? (ouvi roncar motores o dia todo…lol)
Não lhes apeteceu despir o pijama?
Enfim, estão a ver a ideia…
E depois vão acintosamente criticar o estado das coisas??!
Têm opiniões, muitas vezes convictas, mas acham que não as devem partilhar com o resto do país fazendo uma cruz num papelito?
Tá mali !! Pois claro que está mali…
Mas… agora imaginem a seguinte situação…
A mãe (porque é que tem de ser sempre a mãe?... ;) dá a escolher à família o que quer jantar.
Uns emitem a sua opinião, outros dizem que lhes é indiferente e em função disto define-se o menu.
Dos que afirmaram ser-lhes indiferente, alguns descobrem que afinal tinham uma séria vontade de alguma das coisas, tipicamente a que não têm no prato, outros comem e calam.
Os primeiros são sem dúvida os abstencionistas típicos. Não ouvem a pergunta ou no momento da escolha “têm mais que fazer” e depois refilam.
Concordo que isto seja muito irritante. Baldam-se à tomada de decisões e depois mandam vir com as que foram tomadas.
Mas e os outros? E aqueles que comem o que se lhes põe à frente e não chateiam?!
Notem que isto não quer dizer que comam qualquer merda, estragada, salgada, queimada mas, baseando-se no princípio de que a refeição venha para a mesa em estado de ser comida, apesar de poderem evidentemente ter preferências, tanto se lhes faz carne ou peixe…
Mas ainda bem que alguém toma a decisão do que cozinhar, senão não se comia.
No meu caso, simplesmente não sou “má boca”… será pecado?!
Será que numa democracia as pessoas não terão também o direito de não votar?
Eu voto no direito a poder eventualmente ficar calado… ;)