domingo, 2 de dezembro de 2007

Nenhum homem é uma ilha...

Ok, talvez este post seja um pedacinho babalu... podemos sempre desculpar-nos com a actual época festiva... LOL


Mas... se a nossa felicidade depende quase só e exclusivamente de nós... a realidade é que "nenhum homem é uma ilha", a nossa atitude faz diferença na vida dos outros.
Quer queiramos quer não vivemos em sociedade, temos de interagir. A maneira como o fazemos vai interferir com o estado de espírito do outro e a sua reacção vai interagir com o nosso, as emoções não são estanques.

Infelizmente as atitudes tipo Calvin

parecem muito mais frequentes do que as do tipo Patch Adams...

Porque é que a má onda é tão mais fácil de se propagar?
Há quem afirme que o bicho homem é "bom" por natureza ... eu não subscrevo essa teoria, antes pelo contrário. Basta observar as crianças, a crueldade que conseguem demonstrar.

O que nós dizemos e fazemos tem influência na vida dos outros quer queiramos quer não.
Não acredito que possamos fazer uma pessoa feliz. Acreditem que já tenho tentado e não resulta se a pessoa em questão não estiver também a fazer por isso...
Como perguntava a Julia Roberts no Pretty Woman, "Por que é que as coisas más são tão mais fáceis de acreditar?"

"Com o mal dos outros posso eu bem..." costuma dizer-se... a nossa dor é sempre muito pior do que a do vizinho. Quando estamos bem então, é muito difícil perceber a dor alheia. Isso ás vezes torna as pessoas insensíveis, sobretudo as que nunca estiveram na mesma situação.
As mulheres que nunca sofreram com o período, dificilmente conseguem entender as que sofrem, acham em geral que é "mariquice"... curiosamente os homens tendem a ser mais tolerantes, visto que não seria espectável que conhecessem a sensação, parecem mais dispostos a acreditar que possa de facto ser bera. Mas enfim, isto era só um aparte. ;)
Isto é válido também para o sofrimento emocional.
Estou a dizer isto porque acho que há uma grande falta de tacto ás vezes da parte das pessoas, tão atentas a certas coisas e tão insensíveis relativamente a outras. As pessoas tendem a ser muito pouco equilibradas nesse sentido. Se estão num dia bom são capazes de mover mundos e fundos para ajudar o próximo, mas se estão num dia mau não hesitam em mandar abaixo sem dó nem piedade. E isto pode atingir o outro como uma bala.
Se uma pessoa já está completamente down, palavras irreflectidas podem piorar bastante a situação. Se uma pessoa já se está a sentir-se "uma merda", sem grandes razões para ser feliz, a confirmação disso por terceiros não vai garantidamente ajudar.

Por outro lado vejo pessoas tão aparentemente preocupadas com os outros, tão dispostas a ajudar, a fazer voluntariado, a praticar a caridade com estranhos e tão pouco interessadas em fazer o mesmo com quem está ao lado.
Conheço pessoas activas a ajudar os outros, os sem abrigo, os toxicodependentes, os doentes, os indefesos, que participam em acções organizadas para tal mas que não vejo minimamente estender a mão ás pessoas que lhes são próximas e que poderiam ajudar muito mais eficazmente exactamente por causa dessa proximidade.
Não quero que vejam aqui qualquer desprezo por este tipo de ajuda. Acho louvável que haja quem o faça. Acho também que nem todos os que o fazem são como acabei de descrever, a realidade é que o verifiquei demasiadas vezes... demasiada gente mais facilmente é caridosa com estranhos do que por exemplo com a sua própria família e isso faz-me muita confusão.

Ajudar o próximo não precisa obrigatoriamente de ser uma grande e nobre acção.
Se estivermos atentos ás pequenas coisas que se vão passando ao nosso lado verificamos que o podemos fazer "on a daily basis".
Como se costuma dizer, "grão a grão enche a galinha o papo", se formos todos praticando pequenos gestos uns com os outros estamos garantidamente "a ajudar". Se formos simpáticos para uma pessoa é natural que ela seja simpática de volta, e isso é bom...
O problema é que os resultados não são sempre visíveis... se levarmos uma refeição quente a um sem abrigo teremos garantidamente muito mais reconhecimento pela nossa acção do que se fizermos um sorriso a alguém na rua... dá-nos muito mais a sensação de estar a fazer algo pelos outros.Mas quando recebo um sorriso parece que sinto um quentinho cá dentro, o mais natural é que a próxima pessoa me aparecer à frente seja também agraciada com um sorriso. As coisas boas também se espalham...
Não sei se viram o filme "Pay it forward", se não viram deviam ver... Apresenta uma ideia interessante, a de devolver a outro o que alguém fez por nós.
Eu sou mimada, mimo os outros e crio um ambiente de boa onda.

Acho que estava só a tentar transmitir que o que é mesmo importante é tentar trazer o próximo para cima, não manda-lo para baixo, não aproveita a ninguém. Que "o próximo", pode na realidade estar mesmo próximo. E que é muito mais fácil do que se pensa ajudar a puxa-los... porque no fundo




Pronto, estou babalu assumida... que ça f*** ;) Bom Natal a todos...

LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL

7 comentários:

  1. Estás um bocado babalu, estás...

    Mas não faz mal: imagina o meu melhor sorriso e, se não tiveres desmaiado de susto, que ele te faça feliz durante uns dias.

    E sabe que me dás boa onda, mesmo quando estás de trombas. Vês: já me puseste babalu também.

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  2. De trombas, moi?! Eu NUNCA estou de trombas...
    LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL

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  3. LOL
    Babalu sempre me fez lembrar uma porn star qq - não que eu veja filmes desses devassos e pecadores, eu nunca CÓRROR :) LOL.... Imagino sempre a 'babalu' de cinto de ligas e chicote na mão...

    Vou tentar afastar-me desta ideia preconceituosa da porn babalu pobre coitada... LOL

    Quanto ao tema do teu post... na minha opinião a escolha de se ser feliz depende unica e exclusivamente de nós. Passa um pouco pela noção que tenho em ser-se resolvido... vou elaborar (LOL): existem algumas premissas quando se entra nesta vida uma desses premissas é que se nasce para o seio duma sociedade composta por Homens (bons e maus) e com os quais estamos (inicilamente) ligados por via familiar, depois à medida que crescemos questionamos os valores que nos foram (por via familiar)incutidos e iniciamos um processo infindável onde pomos em causa alguns desses valores, passamos por uma 'crise de identidade' e quando finalmente nos encontramos (nos resolvemos) passamos a 'desligar' das pessoas com as quais não nos identificamos e 'ligamo-nos' às pessoas com as quais vamos tendo afinidades. Very simple.... Todavia no meio deste crescimento estamos constantemente a ser testados pelo nosso meio, pelas pessoas à nossa volta e num sentido amplo pela sociedade. Estes testes (universais) são tipo: 'deixa cá ver se esta gaja aguenta isto' e pumba lá acontece qualquer coisa que nos entristece que nos afecta e que nos põe novamente a questionar.... massss a opção que tomámos de sermos felizes não passa por ter sempre um sorriso na cara, é uma opção de vida, vida essa que está inserida na sociedade onde vivemos, e as nossas atitudes têm impacto nas pessoas que nos rodeiam: what goes around comes around: se a atitude é ser-se trombudo e agressivo com um vizinho é natural que esse vizinho nos trate da mesma forma.
    Na minha opinião as pessoas andam um pouco equivocadas: elas não se põem em causa: 'aquele gajo não me grama nada, olha para mim com uma cara dá logo para ver que o gajo não me grama'; as pessoas põem em causa as atitudes dos outros. Na maior parte dos casos a atitude dos outros é um reflexo da nossa própria atitude. Neste sentido é que nenhum homem é um ilha.

    A má onda é mais facil de se propagar porque o Homem pratica naturalmente o mal, só não o faz quando é obrigado. O Homem mata naturalmente por maldade e não porque precisa de se alimentar, o Homem é naturalmente egoista: vejam duas crianças de 3 anos a brincarem sem a supervisão de um adulto... é assustador a facilidade com que a criança bate ou até morde com a clara intensão de magoar e afirma 'isto é MEU'.... A má onda propaga-se facilmente pois nós Homens identificamo-nos com ela, está na nossa natureza.
    Essa natureza é contrariada logo à nascença e à medida que crescemos somos programados pela sociedade a obdecer a certas regras de convivio, que por não serem naturais (mas sim legalmente forçadas) dão azo a manifestações esporádicas mas altamente intensas que destroiem a ideia de segurança que as regras societárias nos querem passar.

    Fónix.... demorei 3 horas a escrever isto com inumeras interropções para reuniões, almoço, telefonemas... espero que faça sentido... LOL

    IT's a Beautifull DAY ;)

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  4. LOLOLOLOL
    Como diz o Zé tu és calona demais para teres o teu próprio blog então escreves verdadeiros posts neste... (ele não disse isto nestes termos, isto é mais linguagem Cristiniana... LOL)

    Atenção que o meu post não era a defender a atitude Patch Adams... não acho que tenhamos de andar todos de sorriso idiota nos lábios nem a rir ás gargalhadas.
    Estava simplesmente, mais uma vez, a separar as plantas do jardim, as ervas daninhas das flores...
    Ou seja, a defender que tenhamos um bocadinho mais de cuidado com as nossas atitudes para com os outros. Sobretudo os próximos, ás vezes a proximidade mistura a falta de cerimónia com falta de consideração e respeito. E que, interagindo com eles tenhamos uma atitude de puxar para cima e não de mandar para baixo...

    PS: Eu (que também nunca consumi pornografia em toda a minha vida, cruzes canhoto) nunca ouvi falar de nenhuma atriz porno chamada Babalu... Babalu no meu imaginário é o urso do livro da selva...

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  5. Não querendo estragar o imaginário ou os fetiches de ninguém, Babalu é um burro sidekick do Pepe Legal:
    "Babalu, aqui quem pensa sou eu"
    "Sim, Pepe"

    O urso do livro da selva é só Balu.

    Mas isto é só pra derivar...

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  6. O biriba esteve aqui
    E escreveu da remota Bali
    Aqui o tempo nunca está morno
    Mas vejo que não se escreveu corno!

    Anda um homem por ilhas distantes
    E anseia por posts interessantes
    Em vez de te dedicares a banalidades
    Ajuda-me nestas saudades.

    PS: Ando a ficar babalu,
    É do jet lag, não há cu!

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  7. Será que um Babalu é parecido com um Urubu? Ai andorinha, andorinha, que bom que é dormir com a irmã Joaninha...
    De qualquer maneira tu serias mais Balu (se bem me lembro o Urso do Livro da Selva) ó tapete...
    You've got new post!
    Sou uma sentimental ;)

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