terça-feira, 25 de agosto de 2009

Full of Shit

COM MÚSICA

Hesitei muiiito em escrever este post, muito mesmo, dado que apesar de não identificar as pessoas em questão, vou divulgar coisas que até à data estavam no segredo dos deuses…
A realidade é que o assunto me fez tanta confusão, que mais uma vez não consigo ficar calada.
(o facto de já ter ouvido zumzums de que os deuses afinal não eram assim tão discretos, ajudou … lol)
Esperei no entanto umas semanas antes de o fazer… para deixar desvanecer o sabor a fel, para assentar ideias e poder fazê-lo com a maior objectividade possível.

Mais uma vez (há malta que não aprende…), abalancei-me a organizar um evento, uma festa desta vez… sei lá… é verão (pelo menos é o que diz o calendário), a malta pareceu-me com vontade de se divertir, de beber uns copos, de abanar o capacete …
Fiz sondagens, pedi opiniões, e… pedi ajuda, por forma a levar o barco a bom porto.

Se era capaz de o fazer sozinha?!
Julgo que sim, mas com um esforço, uma quantidade de trabalho e um gasto de tempo de que alguém com conhecimentos e experiência na matéria não precisaria.
Neste momento não me posso dar a esse luxo.
Tentei então só coordenar só as coisas e passar a bola a quem sabe.

Tive variadíssimas propostas de ajuda, bastantes mais do que estava à espera. Ao ponto de, a certa altura, dar comigo aflita quanto à selecção. Achei que o mais justo, visto que não tinha “referências” de ninguém, seria a “ordem de chegada”.
Calhou bem ainda por cima, pensei eu, porque a primeira da lista era uma rapariga com um ar extremamente caloroso e simpático (disse eu de mim para comigo, ao ver a sua foto do perfil…).

Contactei-a e ficámos de nos encontrar…
O nosso face a face teve no entanto de ser mais de uma vez adiado, devido a factores externos que não vêm ao caso.
Logo nessa fase a coisa complicou um pouco; impossível apanhar a menina no telefone, nunca mo atendeu. A nossa comunicação foi-se fazendo sempre com delay, por mail ou sms o que, quando se espera respostas rápidas, confesso ser um bocadinho encanitante.

Quando finalmente nos encontrámos, o sítio já estava apalavrado e a coisa vagamente alinhavada, embora ainda nenhum detalhe decidido.
Apareceram, não uma mas duas, meninas… o primeiro embate foi um choque, chegaram atrasadas e de nariz empinado, sem qualquer vestígio de simpatia.
Ouch… começou logo mal.



Que diferença relativamente à minha anterior “reunião”, quando me foi apresentado o sítio, em que a empatia foi imediata, a conversa simpática e descontraída, em que discutimos o assunto afavelmente e com entusiasmo recíproco.

Começaram logo por comentar que não era o local que tinham em mente, o que foi extremamente simpático para a pessoa que o estava a oferecer sem pedir nada em troca.
Na sua opinião tinha também de se divulgar mais amplamente o evento, no facebook por exemplo, senão não tínhamos grandes hipóteses de fazer uma coisa “em grande”.
Fez-se a sugestão de contactar uma daquelas roulottes de hambúrgueres ou hot dogs para estar à porta, para quando a fome apertasse. Levámos com um retumbante “nem pensar, cheiro a fritos, que horror … isto não é uma feira, mas se quiserem fazer uma feira, podemos contratar ciganas para ler a sina e pomos cá umas pessoas a vender colares…”

E a coisa foi continuando neste tom, em que a humildade não fez qualquer aparição.
O ambiente estava de se cortar à faca.
Tal como temi, o pavio do nosso anfitrião é curto (salve seja, cruzes credo…) e saltou-lhe a tampa. Foi o descalabro… Procurei um buraquinho para me enfiar, mas não encontrei.
Fiquei ali a assistir à luta de galos e a tentar por paninhos quentes, a pensar “onde é que eu me vim enfiar…”.

Quando os ânimos acalmaram um pouco, combinou-se uma segunda reunião, para uns dias depois, em que elas apresentariam uma proposta concreta a ser analisada.
Chegada a casa achei por bem enviar um mail a por uns pontos nos iis e a perguntar se de facto todos achavam possível trabalhar juntos, depois da desastrosa primeira reunião.
Recebi na volta um mail a pedir desculpa pela “resposta tardia” justificada por “não estar sempre ao computador”, em que não concordava nada comigo quanto ao espírito da festa (que teria de ser em grande sim, para eclipsar a má impressão do flop do jantar) mas a dizer que estava disposta a ir com a coisa para a frente.

Vi a luz… nesse momento vi a luz… que é como quem diz, raios me partam se me ia enfiar naquele ninho de vespas. Chatices e má onda chegam as que me caem em cima sem eu dar por isso, não ia garantidamente ao seu encontro pelo meu próprio pé.
Tentei telefonar, a menina mais uma vez não me atendeu o telefone, deixei mensagem.
De seguida enviei um mail a todos a explicar que não estava disposta a ir para a frente nestas condições, dado que nitidamente não estávamos a entender-nos, a pedir desculpas e a dizer que poderíamos depois falar pessoalmente.
Responderam-me vocês? Assim me responderam elas, “educadamente” até hoje, nem ai, nem ui.

Porque escrevi este post? Para desabafar? Para fofocar?
Não… simplesmente porque me faz muita confusão como é que duas pessoas, de quase trinta anos, parecem não ter ainda aprendido nada na vida…
Não tiveram uma única atitude simpática. A agressividade, a arrogância, a falta de humildade com que se nos apresentaram bradam aos céus. Não fizeram o menor esforço para entender "o outro lado" , só pareciam interessadas em mostrar como eram o máximo, o cúmulo da eficiência e do profissionalismo. Não foram capazes de compreender que não era nada disso que se esperava delas, que este não era um evento para encher o olho mas sim o coração, que o que se queria era uma festa de amigos e não da CARAS. Para além disso, nitidamente não entendem de todo a alma do nosso sitezinho, confundindo-o com mais um Facebook.

Credo, será que a idade é desculpa para tanta falta de noção?

PS: Aqui estou "em casa", por razões óbvias não divulguei no site a origem dos enguiços com a nossa festa, não é minha intenção hostilizar ninguém, gostaria que a coisa se mantivesse assim...


NOTA (26/8): Sinto que, mais uma vez, dei um tiro ao lado. Fico triste e pergunto-me até que ponto consigo de facto transmitir as minhas ideias. :( Esta história chateou-me na altura, claro que chateou, acho que chatearia qualquer um… incomodou-me enquanto não “se resolveu”, enquanto não pus uma pedra no assunto e passei à frente… Agradeço imenso as mensagens de apoio que tenho recebido, sobretudo no Facebook, no entanto este blog não é suposto ser um “diário” (acreditem que se mantivesse um diário não o faria online), e o que senti ou deixei de sentir é totalmente irrelevante para a história. Acredito que elas tinham de facto capacidade para realizar este evento, e possivelmente muito bem, e acho que se poderia ter ido para a frente com uma coisa interessante, que nem sequer chegou a ser realmente discutida porque simplesmente não souberam/quiseram ouvir. O objectivo deste post era “demonstrar” como, na minha opinião, uma postura “errada” pode deitar tudo a perder, como uma coisa que poderia ser gira, divertida e simpática de organizar ficou em águas de bacalhau por uma questão de atitude. Era isso, e simplesmente isso, que estava aqui em questão… :(

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Parem o carrossel que eu quero descer…

COM MÚSICA



Nunca vos apeteceu fazer “pausa” na vossa vida?
Há momentos em que o cansaço (físico, psicológico, emocional) é tanto que só nos apetece parar um bocadinho para retomar fôlego…

Dir-me-ão que é para isso que servem as férias… pois… acontece que nem sempre cumprem com a sua função. Foi o meu caso este ano… acabei de voltar das minhas e sinto-me bastante pior do que antes de partir.
Não me entendam mal, as férias correram bem, sem espinhas, foram “boas”, simpáticas … mas tããão cansativas!!!

Passei uma semana em Porto Covo, em casa de uns amigos que simpaticamente insistem em convidar-nos todos os anos, vá-se lá saber porquê... ;)
Costumava ser um período de relaxamento e descanso, intercalado com calmo cãobibio entre amigos.
Pois que não… este ano foi a loucuuuraaaa!!!



Céus, o que aconteceu?! Toda a gente foi para fora cá dentro?
Estivemos constantemente rodeados de dúzias de pessoas, resmas de crianças irrequietas, paletes de adolescentes com as hormonas aos saltos…
Na praia chegámos a ser mais de 50!!!
O pior é que à noite também… ele foram jantares, ele foram festas, ele foi uma lufa-lufa desgraçada, sempre a abarrotar de gente e de confusão.

Tenho um jipe que normalmente só serve para subir passeios… pois este ano, que precisava dele para não ter de andar léguas a pé para ir para a praia, resolveu entrar mais uma vez no estaleiro.
Não consegui estar sossegada três segundos, sempre que julgava que ia ter um momento para mim, aparecia alguém a querer dois dedos de conversa.
Levei dois livros… não li uma única linha.
Enfim, passons … não foram umas férias pacíficas, não senhor.

A meio da semana tive uma crise de ansiedade durante a noite. Não consegui dormir mais de dez minutos seguidos, com uma inexplicável angústia a remoer-me o estômago.
Confesso que me fez bastante confusão visto que objectivamente não havia qualquer razão para tal…
Ao desabafar sobre o assunto com uma sábia amiga loira, pergunta-me ela: “E isso não será cansaço? Estás com um ar cansado…”
Cansada? Cansada, eu?! Cansada porquê? Estou de férias…
lol
Mas fiquei a remoer…
E cheguei à conclusão de que estou muito cansada, sim.


Este ano que passou (a minha mente ainda funciona em anos lectivos, ao fim de tanto tempo para mim o ano continua a começar em Setembro…lol) foi extenuante para mim. Foi muito bom, muito gratificante, muito positivo, mas chupou-me até ao tutano, essa é que é essa.

Foi o primeiro ano de vida do meu segundo filho , em que tive de inserir no ramram do meu dia a dia a assistência ao mesmo… para ajudar, para gerir, para organizar, para dinamizar …
Conheci imensa gente, com quem mantenho contacto diário, tanto através da net como ao vivo e a cores. Sou constantemente requisitada, as pessoas estranham quando ando mais “calada”, pedem atenção, preocupam-se se tenho silêncios mais prolongados.
Acho que tive tantos eventos sociais este ano como em todo o resto da minha vida… lol
Acaba por ser um “trabalho” a tempo inteiro… não há folgas, não há fins de semana, não há feriados, não há férias.
Claro que sou eu que “permito” que assim seja, mas que ei de fazer?! Eu sou assim… (lololololol gostaram?! … ok, ok, pronto, admito, é uma das coisas a por na lista das mudanças a fazer… )

Para além disto não foi sem dúvida um ano fácil… tive algumas chatices, porcarias para resolver, um que outro stress, uma que outra maleita … merduncas normais na vida de uma pessoa, que não matam, mas no conjunto moem bastante.
Estava sem dúvida a precisar de um período descansado e calmo, sem nada que puxasse por mim.
Mas isso não é possível, voltei à vida real, tenho imensas coisas para fazer, para tratar, para resolver.
E agora?

E agora, como dizem os putos, faz xixi na mão e deita fora!
Ou, como costumo dizer: batatas!
Quem não passou já por situações como as que acabo de descrever?
Quem não teve já vontade de parar o mundo e sair?
O problema é entrar em parafuso, panicar , desanimar…

Tanga nizzi, como dizia o outro.
Há é que ter calma e estupidez natural…
O que não se puder fazer, vai-se fazendo.
O que não se resolver hoje, trata-se amanhã.
Organizamo-nos, programamo-nos, damos um passo a seguir ao outro e levamos um dia de cada vez.
Se as pessoas se chatearem com as ausências daqui e dali, paciência, não somos omnipresentes, não temos infelizmente o dom da ubiquidade.
Se não podemos fugir, fazemos pausas, arranjamos um pouco de quality-time de vez em quando, poupamo-nos, para não rebentar.

Carpe Diem ! ;)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009