domingo, 28 de setembro de 2008

ViváNet

COM MÚSICA

Muitos têm acusado os computadores em geral e a internet em particular de estar a gerar pessoas solitárias e anti-sociais, de dar cabo das relações “ao vivo e a cores”, do calor humano.

Hoje em dia não podia discordar mais…
Acho que a Net tem sido um vehículo de aproximações e reaproximações fenomenal que contribui e muito para as relações humanas. Ousaria mesmo dizer mais do que o correio ou o telefone…


Perdi completamente o contacto com uma pessoa de quem gosto muito e de quem fui em tempos extremamente próxima. Correspondemo-nos por carta durante muitos anos e um dia… puf, simplesmente desapareceu.
Escrevi para todos os endereços que tinha, perguntei a todas as pessoas que conheciamos em comum se sabiam alguma coisa dele… Nada. Nunca mais tive notícias.
Um dia lembrei-me de fazer uma pesquisa na Net e encontrei uma referência ao seu nome na página de um grupo de teatro. Resolvi atirar o barro à parede e mandar-lhes um mail. No mesmo dia estava de novo em contacto. Desde então temos falado, já me veio visitar, temos mantido mais ou menos a conversa em dia.

A minha irmã fez uma grande festa de anos… convidou as pessoas por mail, como vem a ser hábito, e durante a semana que a antecedeu houve muita troca de mensagens, brincadeiras, bocas, o costume, em reply to all…
Quando nos encontrámos lá, pessoas que não se conheciam de lado nenhum tinham a sensação de, de certa maneira, já se conhecerem.
Em situação normal não teria sequer havido troca de números de telefone, não havia razão para isso. As pessoas teriam simplesmente perdido contacto.
Neste caso tendo todos os mails uns dos outros, no pós festa iniciou-se uma nova troca de mensagens, agora já mais personalisada, entre pessoas que “foram à bola” umas com as outras.
Dessa troca de emails sairam, no que me diz respeito, uns embriões de amizade que muito prezo.

O Site do Liceu Francês… oh o Site do Liceu Francês… (lol) tanta gente a reatar amizades há muito perdidas, a conhecer gente nova, a criar laços…
Como é que se conseguia pôr tanta gente em contacto se não fosse a internet?
Todos os dias lá se reunem centenas de pessoas…
Diáriamente no chat há conversas, troca de ideias, brincadeiras… acaba um pouco por cumprir a função do “ir ao café”. Estamos ás vezes mais actualizados sobre a vida, os estados de espírito, os problemas e as alegrias destas pessoas do que sobre a dos nosso amigos ou familiares “mais próximos”.
Trocam-se comentários, enviam-se mensagens privadas, convida-se para eventos e combinam-se encontros, tanto com pessoas que já conhecíamos como com pessoas que passámos a conhecer.
O Site acaba por ser o veiculo mas o contacto torna-se muitas vezes de carne e osso. Sem esta ferramenta muitos de nós voltariamos certamente a perder contacto.


Até aquelas trocas de mails com anedotas, fotos, filminhos, pps… acaba de certa maneira por aproximar as pessoas. Continuo desta forma em contacto com ex-alunos, amigos que não vejo com frequência, familiares, pessoas que não fazem parte do meu dia a dia… E graças a isso muitas vezes acaba por se dar uma palavrinha pessoal, que sem isso talvez não se desse. Lembramo-nos das pessoas porque nos “entram pelo computador a dentro”.

É mais fácil ás vezes escrever as coisas do que dize-las cara a cara… Tenho tido com algumas pessoas trocas de e-mails com conversas que nunca tive “ao vivo”. As pessoas abrem-se com mais facilidade, expressam melhor os seus sentimentos. Há coisas que simplesmente não é fácil dizer-se de viva voz mas que com a “burka” da internet saem espontaneamente.

Finalmente, há uma série de… de… vocês, a ler as parvoeiras que eu vou dizendo… as sentenças que vou c…ando… lol o que muito provavelmente não aconteceria se não existisse este blog, com o qual vou chegando, mal ou bem, a uma data de gente que me vai conhecendo melhor do que outros com quem "me dou" à muito mais tempo... ; )

domingo, 21 de setembro de 2008

Que se f... o próximo.

COM MÚSICA

Peço desculpa de mais uma vez trazer à baila o Liceu Francês mas costumo utilizar as coisas que me vão acontecendo na vida para dissertar sobre temas vários e este verão “aconteceu-me” o Site…

Quando o criei estava a leste de imaginar que três meses depois iria ter mais de 2300 membros… Assim como estava a leste de imaginar, quando lancei o desafio para um jantar na “rentrée”, que iram comparecer mais de 400 pessoas…
Já me chamaram louca por me ter lançado num empreendimento desta envergadura, a realidade é que não fazia ideia daquilo em que me estava a meter…

Mas enfim… como se costuma dizer é preciso é calma e estupidez natural.
Sou “mestra” em organização, tenho felizmente tido tempo para tratar disto e sobretudo faço-o com muito amor e carinho dado que fico genuinamente sensibilizada com o prazer que grande parte das pessoas tem demonstrado retirar de tudo isto.

Apesar de, confesso, um pouco megalómano o projecto não me assustou nada.
Já tinha tudo preparadinho e pronto a funcionar.
Dei indicações claras e explícitas de como deveriam efectuar as inscrições e os pagamentos e fixei um prazo limite para ambos.
Parecia-me fácil…

Pois que não… não foi fácil e sobretudo não foi nada agradável.
E porquê?! Porque grande parte das pessoas se esteve simplesmente a cagar para as minhas instruções.
Um processo que apesar de trabalhoso deveria no entanto ter sido simples transformou-se num verdadeiro pesadelo.
A coisa estava toda montada para, com método, funcionar sobre rodas.

De repente dei por mim no meio de um turbilhão de “infractores”, nada funcionava como previsto.
Apareciam-me depósitos na conta sem que tivesse recebido nenhum mail a avisar, recebia mails com nomes de títulares que não me apareciam nas transferências, depósitos em numerário sem qualquer identificação, depósitos com a única menção “pagamento jantar liceu françês” (para mim eram só todos!!!), pessoas que pagavam mas não se tinham inscrito no evento…

Não sabia para onde me virar e apesar de várias ofertas de ajuda difícilmente as poderia ter aceite. A conferência era feita através do meu extracto online, eu é que recebia os mails, tínha o cartão base no Photoshop, a listagem em excel… enfim, como não foi previsto de origem, teria sido mais complicado arranjar maneira de passar trabalho a terceiros e coordena-lo do que fazê-lo eu… Estava totalmente sosinha “contra” um bando de baldas.

Tentei no entanto sempre continuar a ser simpática, educada e compreensiva com as pessoas, acho mesmo que tive uma paciência de santa devo dizer, muita gente os teria mandado para sítios que não me atrevo a nomear aqui.
Fui lançando vários apelos no site, pedindo compreensão e colaboração. Tudo em vão, o caos continuava a reinar e eu cada vez mais a dar em doida.
Ás tantas passei-me e mandei um mail “curto e grosso” para todos os inscritos no evento…
A parte do “curto” por, nesses mails, só poder utilizar 200 caracteres, o que é um pesadelo quando se quer transmitir qualquer coisa.
A parte do “grosso” deveu-se ao cansaço e ao desespero por ver que não ligávam pevas ao que pedia.

Umas horas depois dei-me conta do que tinha feito e enviei segundo mail com um pedido de desculpas.
Eu acredito muito em pedidos de desculpa, acho-os muito importantes.
Pedir desculpa cumpre com várias funções; mostra que nos apercebemos do nosso erro (errar é humano), mostra que estamos arrependidos de o ter cometido e sobretudo que é importante para nós que os outros saibam estas duas coisas.

A minha “simpática” missiva surtiu algum efeito e começaram a chover mails e transferências. Confesso que grande parte deles com os mesmos problemas que os que já mencionei, mas pelo menos iam chegando.
Como já mencionei tinha dado prazos… mas o que são prazos para o bom português?! Acabei por prolongar o das inscrições por uma semana devido à quantidade de pedidos. Quanto ao dos pagamentos… não era mesmo possível.

Notem, não me entendam mal… no meio de tudo isto houve muito boa gente, que fez tudo exactamente como pedi, que ofereceu ajuda, que enviou mensagens de apoio e de louvor. Ainda há felizmente muitas pessoas decentes.
Mesmo os “infractores”, muitos nem se deram conta da trabalheira extra que me estavam a dar, julgavam estar a fazer tudo como deve ser e demonstraram nos seus mails essa preocupação.

Mas há também os baldas, aqueles que nem por um segundo pensaram que estava uma desgraçada sosinha por detrás desta coisa toda, que nem se deram ao trabalho de ler as instruções como deve de ser, leram na diagonal e fizeram como lhes deu na real gana…
Como me disse uma pessoa em resposta ao meu mail desesperado: “O assumir de uma tarefa deste tipo, que acredito seja pesada a vários níveis, tem de ser assumida de livre vontade.” Pois lá de livre vontade foi, o que não quer dizer que uma ajudinha para que as coisas dessem menos trabalho não tivesse sido apreciada.

A cerejinha no topo do bolo foi, na noite em que acabávam os prazos para os pagamentos, o telefonema que recebi de uma “senhora” que, numa voz esganiçada, começou a conversa com “olhe lá, espero que não vá haver peixeiradas no dia do jantar…” - “desculpe?!” - “sim, é que eu já paguei ontem mas não sei quando é que aparece na sua conta, senão quero o meu dinheiro de volta, não quero peixeiradas, uma pessoa que manda o mail que você mandou sabe-se lá que tipo de gente arranjou para estar á porta…”
Continuou por ali fora, no mesmo tom agressivo, dizendo que não me conhecia (felizmente, insinuava o seu tom de voz) visto que era de uma época muito anterior à minha.
Tentei explicar-lhe que tinha feito de facto mal em mandar aquele mail, que tinha logo a seguir mandado um pedido de desculpas, que estava muito cansada, que não era fácil organizar sosinha um jantar para mais de quatrocentas pessoas… Ainda levei uma descasca por cima, que não se organisava uma coisa dessas sosinha, que estava mal feito, yada, yada, yada…

Não, não a mandei à merda… vontade não me faltou, mas não mandei.
Não mandei porque de repente fiquei cheia de pena dela.
A dita senhora não pensou nítidamente um segundo em mim, queria ir ao jantar e era só o que interessava, salve-se quem puder…
E isso é triste pra caramba, não deve ter grandes amigos… deve ser uma pessoa muito infeliz. :(

O que me leva ao objectivo do meu post…
As pessoas tendêncialmente não pensam no próximo, a vida gira à volta do umbigo delas. Não páram por um segundo para pensar que se estão a fazer alguma coisa por nós devemos ter o respeito e a consideração de os ajudar na tarefa. Mas… what goes around, comes around…

A parte boa da coisa, no que me diz respeito, é que “at the end of the day” me acabo por esquecer de tudo isto e só fica o quentinho no coração provocado por aqueles que foram de facto uns gajos porreiros. ;)

"You must be the change you want to see in the world" Gandhi




Ass o











quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Os pré-Sentimentos

COM MÚSICA

Aqui à tempos uma psicóloga disse-me “Cristina, não se pré-ocupe tanto… ocupe-se. Vá lidando com as coisas conforme elas se lhe forem de facto deparando…”Recentemente dei-me conta de que é de facto impressionante a quantidade de emoções negativas por que passamos “inutilmente”.
Passamos a vida a projectar-nos para cenários que geramos nas nossas cabeças e que muitas vezes não condizem mínimamente com a realidade.
Por exemplo, quantas vezes não tivemos já sentimentos de cólera, revolta, ressentimento, sei lá eu, em relação a alguém, por “julgarmos” que essa pessoa disse, pensou, fez, alguma coisa?
Contam-nos qualquer coisa, interpretamos mal uma atitude e lá começamos nós a embandeirar em arco antes mesmo de nos apercebermos de que foi um mal entendido.
Mais tarde, depois de esclarecida a situação, sentimo-nos desgastados e completamente idiotas...
Ás vezes nem é preciso que achemos que alguém fez alguma coisa, partimos simplesmente do princípio que vai fazer…
Faz-me lembrar a anedocta do macacaco:
Um tipo tem um furo à noite, no meio do nada, e vê lá ao longe uma luz acesa numa casa. Decide ir até lá pedir um macaco emprestado. Pelo caminho começa a pensar... Porra, não me apetece nada ir incomodar as pessoas a esta hora. Bem, eles têm a luz acesa. Se calhar esqueceram-se e estão a dormir. Vou acorda-los. Se os acordo é uma chatice, ainda são capazes de acordar mal dispostos. Ainda desatinam comigo por estar a tocar à porta. Mas porra, estou no meio de nenhures e não tenho macaco, o que é que eles querem que faça? Também não é caso para ser desagradável, temos de ser uns para os outros... e vai andando nestes pensamentos, até que chega finalmente à casa, toca à campainha, atende uma velhinha amorosa e ele diz-lhe: Sabe que mais? Meta o macaco no cu!Outra típica é quando não nos apetece fazer alguma coisa… Ir a um jantar, a uma festa, ou mesmo trabalhar. Quantas vezes não estamos confortávelmente em casa e a ideia de levantar o cu do sofá nos provoca logo suspiros de sofrimento… Vai ser uma seca, não me apetece nada ir… não me apetece aturar fulano ou sicrano…
Depois, na maioria das vezes até acabamos por passar um bom bocado.
Em dez anos de aulas foram raras as vezes em que não suspirei vinte vezes antes de ir ter com um aluno… Contam-se no entanto pelos dedos de uma mão as vezes em que de facto apanhei seca a dar uma aula.Outra mania é a de sofrer por antecipação. Se sabemos que temos de enfrentar alguma coisa que nos assusta, antes mesmo de o fazermos já estamos a carpir e a angústiar-nos.
Ainda me lembro da noite que passei (quase toda ela acordada, ás voltas na cama) na vespera da minha primeira “viagem” de metro sosinha para o liceu. Apesar de ter feito várias vezes o caminho com a minha mãe, que me ia explicando “tudo” pelo caminho (dificílimo, ir da Av. de Roma para a Rotunda) tinha pânico de me enganar algures, de me perder… Inútil será dizer que a coisa se passou completamente “sem espinhas”.As referidas pré-ocupações são outro caso. A tendência é preocupamo-nos com tudo o que foge ao nosso controle. Alguém está atrasado, com certeza aconteceu alguma coisa… A criança está com febre, ai meu Deus e se é alguma coisa grave… Os medos para além de paralisarem, fazem-nos passar por montanhas russas de emoções negativas relativamente a coisas que na grande maioria das vezes nem chegam a acontecer.
Enfim, podia agora estar aqui a tarde toda a dar exemplos… A realidade é que poupavamos muitas rugas se nos limitássemos a uma atitude de acção/reacção.
Espeto um espinho no pé, uivo de dor… Mas não vale a pena ficar ansiosamente a olhar para a água da piscina antes de saltar a questionar-me se estará fria… lol
Se a nossa imaginação é uma ferramenta potêntíssima, que nos pode ajudar muito na vida, faz igualmente com que nos coloquemos em situações que muito possívelmente nunca virão a ser reais e a sofrer antecipadamente por elas.

Isto é controlável. É difícil, mas é controlável. Requer muito treino, muita consciência do problema e sobretudo muita persistência, mas chega-se lá.
Grão a grão enche a galinha o papo.
Talvez um dia já só nos incomodem as situações presentes e consigamos abstrair-nos das hipotéticas.




quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu falo, tu não falas, ele não fala...

COM MÚSICA

"A Cristina acha que consegue mudar as pessoas…”
Esta é uma afirmação recorrente com a qual o meu Tótó gosta de me taquiner … Costuma utiliza-la como introdução a pessoas que não me conhecem, em dias em que está com ganas de armar em arenque. O atestado de atrasada mental irrita-me de sobre maneira dado que estou perfeitamente consciente, e ele sabe disso, de que qualquer mudança tem de vir de dentro para fora. Apesar de obviamente receberem influências externas, as pessoas não são propriamente moldáveis como a plasticina e sem que se dê o já tão falado CLIC nada muda.

Confesso-me no entanto, sem qualquer dúvida, uma activista no que diz
respeito ás relações humanas e à procura da felicidade e do bem estar.
Este blog é a prova viva disso.
Na esmagadora maioria das vezes, eu acabo por dizer aquilo que os outros pensam. Pensam ou dizem… mas em geral não ás pessoas em questão.

Já dizia o Churchill: “Criticism may not be agreeable, but it is necessary. It fulfils the same function as pain in the human body. It calls attention to an unhealthy state of things.”

Hello, my name is Pain… Pain in the arse! lol

Acredito na interacção entre seres humanos, não sendo heremitas e já que temos de conviver, porque não tentar também entre ajudar-nos?
Acredito também na educação… tanto de crianças como de adultos… educação neste caso, no sentido de os levar a compreender que há regras básicas de convívio em sociedade que convém que se cumpram, para que possa haver harmonia, para que não se pisem calos. Afinal de contas muita gente se esquece frequentemente de que “a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros”.

Há, na minha opinião, cada vez mais indivíduos sem qualquer tipo de respeito ou consideração pelo próximo.
Um exemplo flagrante disto são os convites… ou por outra, a falta de resposta aos mesmos.
É mato, hoje em dia, as pessoas só responderem quando têm intenções de aceitar. Se estão noutra nem sequer se dão ao trabalho… e lá ficamos nós indeterminadamente sem saber se vamos ser seis ou vinte para jantar ou quantos quartos vamos ter ocupados no fim de semana.

Tá mali!
E como tá mali, eu digo que tá mali… refilo, ralho, barafusto…
A maior parte das pessoas que conheço encolhe os ombros e desabafa com quem está por perto. Eu mando vir com a pessoa em questão.
Pode ser que para a proxima faça exactamente a mesma coisa… mas não há de ser por não ter percebido que incomoda.

O que acabei de referir é uma atitude de reacção a actos de terceiros, mas eu também abro a boca sem qualquer tipo de “provocação”… lol
Acredito que os próprios nem sempre consigam ter o recuo suficiente para ver as coisas com uma certa clareza. Se encostarmos o nariz ao papel, não conseguimos ler nada.
Por outro lado, o habito faz com que já nem nos dêmos conta de certas coisas. Há muita malta que já não se apercebe de que vive numa casa “olfáticamente decorada a mijo de gato” por exemplo… lol

Eu considero “de amigo”, alerta-las, tentar fazer-lhes ver o que toda a gente “comenta” mas não lhes diz na cara…


Não sou completamente idiota… não faço isto com qualquer um.
Não entro na escola do meu filho e digo “Ó dona Zulmira, com as suas trancas não devia usar mini saia, parece uma vaca… “ ou ao motorista do taxi “Olhe o senhor desculpe, mas se não passa a tomar banho mais frequentemente vai perder a clientela toda, está praqui um bedum que não se aguenta…”
Não… Por muito que possa ser verdade, apesar de tudo o meu dispositivo de auto censura ainda funciona.

Mas se gosto de alguém… If I really care… Sinto-me na obrigação de alertar as pessoas para situações que possam, na minha opinião, ser-lhes prejudiciais… E isto faz com que seja frequentemente o punching bag do povo… :(


Não é fácil ser-se eu… acreditem! lol

A realidade é que as pessoas não gostam de ouvir certas coisas, por muito que eventualmente até acabem por “dar razão”, directa ou indirectamente.
Daí o resto do povo ficar calado e preferir comentar “nas costas”, é sem dúvida muito mais fácil.
Chamam-lhe política de não interferência… eu chamo-lhe cobardia.
Não acho normal refilar-se com todos os nomes com os presentes por alguém estar atrasado e não lhe dizer nada quando chega, por exemplo.

O meu amigo que acho que é gay não se assumiu por eu ter falado sobre o assunto e é bem possível que tenham sido outros factores a levar “certa pessoa” a ter deixado de beber que nem uma esponja...
Não me teria no entanto sentido bem com a minha consciência se não lhes tivesse dado uma palavrinha sobre o assunto.

Em ambos os casos o resultado foi ter perdido um “leitor”… os dois ficaram nítidamente chateados comigo… Não gostaram que tivesse falado “publicamente” no assunto… A realidade é que considerei que eram casos que mereciam ser discutidos, que eram suficientemente importantes para se dissertar sobre eles.
“Mais valia teres escrito directamente o meu nome…” Disse-me um…
Pois… esquecem-se é de que quem os identificou já estava perfeitamente por dentro do assunto e quem não os conhece não tinha hipótese de saber quem eram…

Há quem ache que tem “um problema comigo” porque eu lhe digo umas quantas “verdades”… Tenho pena de não ter apoio… tenho pena que não haja mais malta como eu.
Se uma pessoa nos disser uma coisa que não nos agradada duvidamos. Se forem duas, se calhar já começamos a por em questão. Se forem três, é possível que se dê um clic…
Mas não… em geral acabo sempre por fazer o papel da má da fita.
Levo palmadinhas no ombro e oiço “apoiado” nos bastidores, mas quando chega o momento da verdade é a debandada geral, ninguém fica ao meu lado.

Que se lixe!
Enquanto achar que posso ajudar alguém com as minhas opiniões hei de continuar a distribui-las for free…
Crucifiquem-me!!! ;)