quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mountain View, California



O contacto com pessoas de todos os tipos, com ideias, crenças, vivências, realidades, diversas é, na minha opinião, extremamente positivo para o nosso desenvolvimento pessoal.
Parece-me fundamental a noção de que todos somos diferentes, não sendo por isso obrigatoriamente melhores nem piores uns do que os outros. É por outro lado pela comparação que vamos compreendendo o que somos e o que queremos ser.

Não sei no entanto se será da velhice (lol) mas a realidade é que cada vez mais procuro rodear-me de pessoas parecidas comigo. Por parecidas entenda-se com a mesma postura perante a vida, a mesma visão, o mesmo tipo de ideais, de princípios, de atitudes.
Acredito que seja uma coisa natural a partir de certa altura. A noção do tempo a esvair-se-nos por entre os dedos transforma-o no nosso bem mais valioso. O relacionamento com gente muito diferente de nós pode eventualmente ser interessante, em pequenas doses, mas torna-se à la longue cansativo e frequentemente pouco gratificante.

Todos tendemos a medir os outros pela nossa bitola, se estas forem muito diferentes, se não estivermos no mesmo comprimento de onda, estaremos em permanente risco de atritos, conflitos, mal entendidos. Teremos de constantemente nos explicarmos, justificarmos, desculparmos, correndo mesmo assim o risco de não sermos compreendidos. 
Quando se encara e leva a vida de forma semelhante, quando se “fala a mesma língua”, tudo se torna muito mais fácil, mais simples, mais leve, mais agradável. O entendimento mútuo é o que faz de uma relação um valor seguro.
Nada disto impede que surjam os naturais problemas dos relacionamentos humanos, simplesmente faz com que se resolvam com muito mais facilidade, mais naturalidade e sobretudo sem deixar sequelas.

A tão controversa internet é uma excelente ferramenta de triagem.
Se estivermos minimamente atentos ao que por lá (cá) lemos, nas redes sociais, nos blogs, nos fórums, etc… teremos frequentemente uma noção mais exacta da verdadeira natureza dos outros do que se os encontrarmos cara a cara.
Presencialmente tende-se a fazer uma certa cerimónia, a ajustar-se a quem se tem pela frente. Curiosa e paradoxalmente, as pessoas parecem sentir-se mais à vontade para agir como lhes dita a alma no vasto mundo cibernético, em que nem sequer têm noção de quem os estará a “ouvir” do outro lado.
A realidade é que esta magnifica ferramenta de comunicação dos tempos modernos, com as suas vantagens e desvantagens, como tudo na vida, nos permite, com uma enorme naturalidade, ir separando o trigo do joio.

Dei o título a este post por piada e porque vinha a propósito.
A partir de certa altura, começaram a aparecer-me nas ferramentas de análise de tráfego (Analytics, Sitemeter e afins), várias visitas prolongadas, com origem em Mountain View, California.
Foi fácil dar por elas porque este blog não tem muitos visitantes e menos ainda que efectivamente leiam o que escrevo, a maior parte deve cá cair por engano e vai-se logo embora.  Chamou-me portanto obviamente a atenção alguém, ainda por cima de outro país, que aparentemente o andou a ler de ponta a ponta.
Yeah… Big brother is watching you… lol
Mountain View, a menos que tenhas perdido uma aposta ou coisa do género, cujo castigo seja ler a minha sopa, deves ser cá dos meus… quando cá vieres dá-me um toque, bora beber um café. ;)

Da mesma forma, estou profundamente convencida que anda por aí um bom amigo em potência. Somos amiguinhos no Facebook porque sim, porque ambos lá temos bastantes, alguns dos quais em comum. Porque em tempos trocámos umas palavras, já nem me lembro se por escrito se ao telefone, sobre a divulgação da associação que gere na rede do LF.
Há seis anos que me aparece regularmente no feed o que posta e tudo ou quase tudo mexe comigo, de uma forma ou de outra. Gosto não só do que diz mas também de como o diz. Gosto do que transmite, do que transparece da sua personalidade, do que adivinho ser a sua mente.
Recentemente, dei-me conta que me andava a pinar (salve seja!!!) no Pinterest. Fui cuscar os boards dele e muitos deles poderiam perfeitamente ser meus… os das miúdas giras e boas dispenso. ;)
Raios me partam se não nos vamos conhecer ao vivo e a cores um dia destes… just you wait, 'enry'iggins… lol

Os exemplos acima são de malta que não conheço pessoalmente, mas até com os outros isto “funciona”… graças ao que se vai passando online, tenho vindo a interessar-me e a consequentemente  aprofundar relações com pessoas que, me dou conta agora, mal conhecia, .

A empatia transmite-se bem via http… e a antipatia também.


COM MÚSICA