terça-feira, 29 de junho de 2010

Viver e aprender

COM MÚSICA



Dantes imaginava que o crescimento fosse uma coisa regular, progressiva. Quando tive o meu filho dei-me conta de que funciona por “saltos”. A roupa serve-lhe durante uns meses e, de repente, parece que de um dia para o outro, fica-lhe indecentemente curta.
O mesmo parece passar-se psicológica e emocionalmente.

Estou neste momento numa fase de crescimento… (vou ficar com um metro e oitenta…lol)

Acontecimentos recentes despoletaram em mim uma série de questões existencialistas, na onda do “quem sou, de onde venho, para onde vou”, que estou ainda a digerir.
São, na minha opinião, extremamente positivos estes “saltos de crescimento”. É nestas ocasiões que pomos certas coisas em questão, fazemos balanços das nossas vidas e  lhes afinamos o rumo.

Para isso preciso de me virar para dentro, o que é um bocado o oposto do que faço neste blog… deixo-vos então com um “até qualquer dia”. ;)


domingo, 20 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Make love, not war

COM MÚSICA



Conforme o meu caminho vai seguindo, cada vez mais, no sentido de não “comprar guerras” mais me vou dando conta de que o ser humano tem uma tendência naturalmente conflituosa.
Julgo que esta seja muitas vezes confundida com força de carácter, auto-defesa, chegar-se à frente pelos seus princípios, etc…

Todos nos sentimos pontualmente agredidos, directa ou indirectamente, por acções ou palavras de terceiros. Todos nos sentimos magoados, ofendidos, humilhados, injustiçados, indignados, etc… de vez em quando. A questão é o que fazer com esses sentimentos.

Se por um lado acredito que devemos defender os nossos interesses com unhas e dentes, hoje em dia pergunto-me sinceramente que interesses serão esses ás vezes. No que me diz respeito, aquilo que realmente me interessa é viver em harmonia com o mundo que me rodeia, num ambiente de paz e serenidade.
Se algo ou alguém ameaçar verdadeiramente este equilíbrio, serei a primeira a por as garras de fora pronta para o salto… no entanto a realidade é que, na maior parte das vezes, todos ficamos a ganhar se conseguirmos controlar esse impulso.

Ás vezes não é, sem dúvida, fácil. Como seres humanos que somos há coisas que nos afectam emocionalmente e a tendência é reagir. Fazê-lo, sobretudo fazê-lo embarcando de alguma forma numa “guerra”, nem sempre trará resultados positivos, ousaria mesmo dizer que antes pelo contrário. Notem que não estou a falar em discussões saudáveis, em por pontos nos iis, em fazer valer pontos de vista…

Senão vejamos, embora nem sempre seja o caso, frequentemente os “agressores” são pessoas que conhecemos, com quem mantemos algum tipo de relacionamento, possivelmente de quem gostamos até. As altercações deixam cicatrizes. As palavras, uma vez ditas, não podem ser recuperadas. O conflito azeda as relações.
As coisas têm para nós a importância que lhes atribuirmos. Perante uma situação desagradável podemos empola-la ou passar à frente recusando-nos a imputar-lhe mais peso.
Se a coisa efectivamente nos afectou poderá sem dúvida ficar alguma mágoa, mas esta estará presente em ambos os casos. Se embarcarmos numa troca de agressões poderemos inclusivamente por em risco a própria relação.

De qualquer forma, conhecendo ou não a outra parte, tendo ou não um relacionamento com ela, o que me parece estar em questão é o que se poderá eventualmente vir a extrair desse conflito. E aí é que a porca torce o rabo, se conseguirem analisar as situações da vossa vida, chegarão possivelmente à conclusão que geralmente não sai nada de bom. As pessoas ficam desgastadas, tristes, amargas e nada de positivo para nenhum dos lados surge do embate.

Temos tendência a levar a peito tudo o que “nos acontece”, a achar que tem directamente a ver connosco, a realidade é que muitas vezes não é o caso. As pessoas agridem-nos porque se levantaram com o pé esquerdo, porque por alguma razão não se sentem bem na sua própria pele, porque estão de mal com o mundo e nós estávamos à mão de semear. Se reagirmos é que a coisa se pode efectivamente tornar pessoal.
Ás vezes até é inclusivamente o contrário, as pessoas dizem coisas que nos agridem justamente porque nem sequer pensaram em nós, porque se o fizessem se calhar nem abriam a boca.

Eu, de há uns tempos para cá, opto normalmente por mandar vir com as paredes. Eventualmente desabafo com pessoas que não tenham nada a ver com o assunto. Grito a minha raiva aos ouvidos de quem as minhas palavras não afectam. Conto até dez, até cem, até mil, antes de responder na mesma moeda. O resultado é que a maior parte das vezes acabo por não o fazer e fico feliz por isso.  ;)