terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Les uns et les autres…

COM MÚSICA



A palavra “amigo” é frequentemente utilizada de forma demasiado abrangente.
É natural… ás vezes não sabemos o que chamar ás pessoas… não é fácil arranjar palavras que definam certo tipo de relações.
Eu, por exemplo, mais do que uma vez me referi à minha cara metade como “o meu marido".
Que lhe ei de eu chamar?! O pai do meu filho, o meu companheiro, o gajo com quem partilho a cama? Nada parece ás vezes apropriado e também não há razão para preciosismos.
Da mesma forma, que havemos nós de chamar a certas pessoas com quem lidamos numa base regular, com quem partilhamos parte da nossa vida social?!
Não são família, não são colegas… vamos apresenta-los como?
 “Já conheces a Asdrubalina? É uma conhecida minha…” Foleirote, não?

Ser-se verdadeiramente Amigo, com A grande, é uma coisa muito restrita, rara e preciosa. Qualquer desconhecido pode no entanto, potencialmente, vir a ser um Amigo.
As pessoas conhecem-se através de outras pessoas, amigos, namorados, família, relações de trabalho.
Muitos daqueles com quem nos cruzamos na vida não passarão nunca de “conhecidos”. Volta não volta, no entanto, sentimos algum tipo de empatia por alguém, o que nos leva a querer aprofundar a relação. Às tantas damo-nos conta que já nos damos sem intermédio de quem nos apresentou, que já temos um relacionamento autónomo e independente.

É nesta fase que os adjectivos se costumam frequentemente baralhar, não só na sua verbalização mas também nas nossas cabeças.
Há pessoas que, não tendo ainda direito ao título de amigo, fazem parte das nossas vidas, em termos presenciais, em termos de regularidade e até de intimidade relacional.
Se assim não fosse, nenhum de nós chegaria a ter amigos, pois a amizade não é como a pescada, que antes de o ser já o era… lol

Nas "amizades", tal como no amor, há que distinguir as que são “póquéquié” das que são para casar. Ás vezes, cegos pela atracção, pela novidade, baralhamos um bocado as coisas, mas geralmente tudo acaba por entrar nos eixos, mais tarde ou mais cedo.

A realidade é que há testes para a amizade, há sempre testes.
São eles que nos irão permitir separar o trigo do joio.
A parte chata é que não são exames, testes americanos de cruz, não temos controle sobre o como e quando, caem-nos em cima quando menos esperamos.
Ás vezes poderíamos poupar muito tempo e dissabores se inventassem um método de análise, tipo faça xixi para este frasquinho… e depois dava um resultado positivo ou negativo. Mas não…

Passar bons momentos com alguém… espectáculos, jantaradas, fins de semana, férias e jogatinas… nunca serviu de teste para nada. Infelizmente são necessários momentos menos agradáveis para podermos realmente perceber do que a casa gasta.
Há muitas formas de percebermos se existe uma verdadeira amizade. Pela forma como se resolvem os problemas e/ou atritos que vão inevitavelmente surgindo entre seres humanos. Pelas acções mútuas de apoio e/ou ajuda. Pelas demonstrações, mais ou menos abertas, mais ou menos directas, de carinho e afecto. Pelo respeito e consideração pelo outro. Enfim…
E às vezes, ao fim de um tempo, que pode ser mais ou menos longo, mais ou menos intenso, chegamos à conclusão de que aquela pessoa não passará nunca de uma “conhecida”.
Se um dia nos faltarem, deixarem de fazer parte das nossas vidas é-nos um bocado indiferente, pela pouca importância que têm para nós.

Mas depois há os outros, aqueles que fazem com que compensem todas as esfoladelas do caminho, as provas vivas de que vale a pena investir de corpo e alma em todas as potenciais amizades porque estas, sendo autênticas, valem ouro, são das coisas mais preciosas que podemos ter na vida.
Estes, temo-los, erradamente, muitas vezes por garantidos. Também eles nos podem faltar, em todos os sentidos da palavra. Seja por terem partido para pastagens mais verdes ou simplesmente por terem deixado de viver a vida à nossa maneira, de partilhar os nossos princípios, os nossos valores, os nossos interesses.
As pessoas evoluem, são moldadas pela vida, pelo que fazem e querem dela, e nem sempre os caminhos são paralelos.

As pessoas mudam às vezes de tal forma que já não as reconhecemos. Tentamos procurar dentro do novo ser o que costumávamos conhecer e já não encontramos lá nada. Em termos emocionais, é assim como os zombies do “The walking dead”, aquele de quem gostamos já não existe, já não está lá, por muito que queiramos revê-lo.
Por outro lado, começam a chumbar a todos os testes da amizade. Sim, porque estes são para sempre, ninguém tem direito a diploma, é um curso prá vida, aprender e provar que se assimilou, e cada amizade é uma faculdade.

Este fenómeno, pelo qual já todos possivelmente passámos, se calhar até mais do que uma vez, é das coisas mais dilacerantes que já me aconteceram na vida. Aceito-o com a “serenidade de aceitar o que não posso mudar”, de compreender que há coisas que são para ser como são e não há nada a fazer, mas não consigo deixar de sentir uma enorme dor e saudade.
Este último fim de semana, em modo “Amigos de Alex”, reavivou uma ferida que deixou um sabor amargo doce, mas provou também mais uma vez o valor do calor das verdadeiras amizades.

Para todos os meus amigos, passados, presentes e futuros...























quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

E se um desconhecido lhe oferecer flores…


COM MÚSICA



Li recentemente o livro do Salvador Mendes de Almeida, Ser feliz Assim.
Dizer que este homem não teve (tem) uma vida fácil será no mínimo um understatement.
No entanto olhem para ele, para a sua atitude perante a vida, a sua postura, os seus feitos, o seu sorriso…
E mencionar este último fez-me pensar noutro grande homem, de sorriso encantador, que muitos devem também já conhecer, Nick Vujicic.
Se eles, com todas as suas dificuldades e limitações, podem ser felizes, porque não o conseguiríamos nós?!

A mim, pessoalmente, as suas histórias inspiram-me de forma inacreditável. Quando descubro um destes seres de energia positiva superior, investigo-o até à medula. Leio/vejo/oiço tudo o que têm para nos dizer, para nos transmitir, devoro as suas palavras, delicio-me com o brilho dos seus olhares. Vão-se acumulando as suas experiências no meu subconsciente, para ressurgirem quando menos espero, para me dar força para alguma coisa que me está a custar.

Para vos dar um exemplo de uma forma curiosa destas coisas me ajudarem:
Não há nada a fazer, vou alegremente a caminho do meio século, já experimentei um pouco de tudo, do mergulho á escalada, do motocross à vela, do ski aos patins em linha, da yoga ao paraquedismo, não é portanto por falta de tentar, e não há nenhum tipo de exercício físico que me proporcione verdadeiro prazer…
( ...isso não conta, you perverts!!! )
A realidade é que, para mim, o desporto favorito é espojar-me no sofá e duvido que alguma vez isso vá mudar. Cada um é como cada qual, prefiro exercitar as células cinzentas, prontes…
Infelizmente, estas últimas obrigam-me a “mexer o rabo” porque é importante para a saúde e consequentemente para a nossa felicidade. 
Como gostaria de ter vivido numa época em que os seres humanos ainda não tinham consciência deste facto [suspiro].
Recomecei portanto recentemente, depois de um intervalo de uns anos, a fazer ginástica. E como estou também a precisar de me livrar de oito quilos de “já não fumo”, fui para uma ginástica da pesada (a turma deve ter uma idade média de 65 anos… a maioria já deve ter direito a redução no preço). Ok, falando sério, custa-me para caramba…
Li então o livro do Salvador. E, desde então, deixei de me atribuir o direito de me queixar por poder mexer-me como mexo e ter o privilégio de me conseguir exercitar sem precisar de ajuda externa. Acabou, sou um homenzinho agora, fico ali de bofes de fora mas agora já sem lamentações.
É uma coisa pequenina?! 
Pois é… mas a vida é feita de mais coisas pequeninas do que grandes, e grão a grão enche a galinha o papo.

Dito isto, os dois homens que mencionei, para além de uma força e alegria de viver extraordinárias, têm em comum a vontade, ousaria quase dizer necessidade, de usar a sua experiência pessoal para ajudar os outros. E muitos outros haverá por aí, felizmente, a fazer o mesmo trabalho, cada um(a) com a sua história de vida, com as suas questões pessoais, partilhando a sua força de viver com os que dela precisam.
Fazem missão da sua vida melhorar a de perfeitos desconhecidos.
Perante as suas histórias podemos concluir que com o mal dos outros posso eu bem ou aceitar as flores que nos oferecem.

E aceita-las, conseguir aprecia-las, quer dizer compreender e aceitar com serenidade que sozinhos não vamos a lado nenhum, que temos de nos amparar mutuamente, quer física quer emocionalmente, para conseguirmos ser felizes. 
O Nick Vujicic (raios que este homem tem um apelido impronunciável!!! Irra) tem um texto muito giro sobre esta ideia. Nós, os comuns dos mortais, que enfrentamos o dia a dia sem dificuldades de maior, olhamos para estes “monstros sagrados” como nossa inspiração. A realidade é que também eles têm os seus exemplos inspiradores, todos temos, perto ou longe.

Isto é um círculo vicioso, o que “custa” é começar a olhar para os outros com olhos de ver. Separar o trigo do joio e perceber quais é que se nos apresentam como efectivamente felizes, realizados, seja qual fôr a sua condição. A partir daí começamos a sorver a sua experiência para nos ajudar com a nossa. E se esta nos chegar oferecida com todo o prazer, amor e carinho, mais eficaz será ainda.

Se todos partilharmos esta atitude, então meus amigos, the sky is the limit, não há nada que o ser humano não consiga. ;)






terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Borboletas e calhaus

COM MÚSICA




Cada um de nós tem a sua sensibilidade, a vários níveis.
Tenho-me no entanto dado conta que, tanto física como emocionalmente, quase que dava para encaixar a generalidade dos seres humanos (e não só) nas categorias de borboleta ou calhau.

Eu, por exemplo, sou definitivamente um calhau… lol

Fisicamente, não suporto que me aflorem… aquelas festinhas ao de leve nas costas ou um beijo de raspão, fazem-me amarinhar pelas paredes acima, tipo choque eléctrico e fico (em sentido próprio) cheia de comichões.
Comigo, se é para tocar, é para tocar á séria, com força e determinação. E não estou só a referir-me àquilo em que as mentes porcas já estão a pensar… ;)
Tenho um tio que no lugar das mãozinhas tem tenazes, sem noção da força que tem… quando estamos juntos até tremo de o ir cumprimentar pois já sei que vou ficar com o braço a latejar, de tal forma mo costuma apertar. Prefiro no entanto mil vezes isso àquelas pessoas que dão apertos de mão como se se estivessem a derreter, por exemplo…

A certa altura vieram cá para casa duas gatas, duas irmãs da mesma ninhada. Desde o dia em que chegaram ficou muito claro que eram totalmente diferentes.
Uma era calhau, como eu, gostava que lhe arranhasse literalmente o lombo, punha-se de costas ao meu colo para que lhe massajasse a barriga, roçava os cantos da boca com força nas minhas mãos.
A outra, mal se lhe podia tocar. Apesar de afectuosa, odiava que se lhe pegasse ao colo, os carinhos tinham de ser feitos ao de leve, de mão aberta, no sentido do pelo, senão ia-se logo embora.
Com as pessoas passa-se o mesmo.

Emocionalmente sou igualzinha, se é para mexer é “à homem”… lol
Já aqui mencionei mais do que uma vez, julgo eu, que quando o meu pai morreu foi o melhor amigo dele que mo anunciou. Ligou-me e, sem papas na língua, disse-me: “o teu velho apagou-se.” A alguns soará provavelmente brutal, insensível, esta forma de apresentar a questão. Para mim valeu ouro. Ninguém quer ouvir uma coisa destas, seja lá de que forma for, mas tinha sido para mim muito mais penoso com floreados.

O que foi aliás o caso com o meu irmão, que nos costuma fazer pet-sitting nas férias e tem sempre o galo de acontecer alguma coisa.
Estávamos nós a passar a ponte para seguir para Porto Covo quando me ligou:
- Olhaaa, não tenho boas notícias…
- Então?!
- Foi a Kitty…
- Então, o que aconteceu?
- Não está bem…
- Conta.
- Cheguei a casa e estava à porta…
- Mas está ferida?
- Sim.
- Mas está viva?!
- Não
&;%$###%##!!!!!
Já se passaram largos anos e ainda hoje gozamos com o assunto… Só me fez pensar na anedota do subiu ao telhado… 

Cada um tende a tratar os outros da forma como gosta que o tratem…
No entanto, quer pertençamos a um tipo ou ao outro, com todos os graus de cinzento possíveis, há que ter a noção de que nem todos somos iguais.
Só assim poderemos adaptar a nossa atitude à sensibilidade alheia. 
Vai sem dizer que esta postura tem de funcionar nos dois sentidos.

Todos teremos, mais ou menos conscientemente, uma linha para além da qual, em cada um dos extremos, não achamos as coisas “normais”. Nesses casos ás vezes não há grande coisa a fazer, grande adaptação possível.
Diz-se que todos os homens têm um lado feminino e vice-versa. Neste caso todos os calhaus têm o seu lado borboleta e todas as borboletas um lado calhau, é o limite até onde estamos dispostos a ir.

Eu, por exemplo, não consigo ver  atractivos no sadomasoquismo e não considero qualquer hipótese de compromisso nesse sentido. Por outro lado, não tenho grande tolerância para malta “não me toques que me desafinas” a quem não se pode dizer nada que não magoe ou ofenda.

Assim, as relações humanas passam por compreendermos o que podemos/devemos, dizer/fazer, como, a quem.
Curiosamente, ou talvez não, observo que as pessoas com o mesmo tipo de sensibilidade tendem a entender-se muito melhor.




PS: Este vai dedicado aos meus amigos que, agora por ocasião dos meus anos, provaram conseguir aturar com muito amor e paciência a minha calhausice… ;)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Para os mais novos…

COM MÚSICA




Contrariamente ás expectativas, fui-me dando conta aos poucos de que não eram só cotas como eu que por cá passavam de vez em quando… esta sopa tem um que outro “cliente” (lol) francamente mais novo, muitooo mais novo…
É bom de saber.
Obrigada a eles por me darem a honra de me ler. ;)

É um clássico aquela sensação que a malta mais velha tem de não ser ouvida pelos mais novos… Gostaríamos de lhes poder transmitir a nossa experiência, para que pudessem atalhar caminho para a felicidade.
Infelizmente não há atalhos na vida, temos de passar pessoalmente pelas coisas para conseguirmos tirar as nossas próprias conclusões.

Pus-me no entanto a pensar que por alguma razão estes meninos cá vêm. Não sendo este um blog de piadinhas ou de tecnologia, de moda ou de seja lá o que for que está neste momento IN no seio da juventud, só pode ser porque até gramam de pensar um bocadinho de vez em quando.
Então tomem lá, para irem reflectindo sobre o assunto… ;)

Não levem á letra a frase do cabeçalho… esqueçam, não se safam sem a tralha que vos obrigam a engolir na escola e afins. Sem matéria prima, a mente não se consegue desenvolver, não desprezem a tal aprendizagem dos factos.
Mas… sem a mínima sombra de dúvida que, mais importante que qualquer outra coisa, é treinarem as vossas mentes para pensar.

Já me perguntaram mais do que uma vez, em tom de crítica e desafio, claro está, como é que eu podia ter tanta certeza de estar certa.
Ora bem, não tenho… não há certezas de coisa nenhuma, começa logo por aí.
Balde de água fria, eu sei… sorry, sei que estão numa idade em que sabem tudo, são detentores da verdade absoluta… mas esqueçam, não há certezas na vida, não deve haver, não é producente que haja…
Assim, abram sempre o vosso espírito, a vossa mente, para a possibilidade de poderem estar errados e aceitem que vos lo provem. 

E o que é certo ou errado, perguntam vocês…
Depende.

Em termos de caminhos, de escolhas, de opções de vida, é uma coisa que na minha opinião não existe. Não há caminhos certos, nem errados, há o caminho de cada um. Podemos viver de variadíssimas formas e nenhuma é mais válida do que outra, desde que gere felicidade e não faça mal a ninguém.

O que nos leva ao outro tipo de certo e errado…
Todos aceitamos que matar, roubar, violar, etc… é errado, certo?! (ou errado?! lol)
Mas estes são comportamentos extremos, com a possibilidade dos quais não nos deparamos geralmente no nosso dia a dia.
Acontece que há muitoooo mais comportamentos, alguns mais insignificantes, menos óbvios, que também podem estar certos ou errados e fazem parte da nossa vida de todos os dias.

E quanto a estes, ninguém vos vai dar um livro de instruções, lamento.
Os chamados educadores podem dar-vos bases de referência (alguns nem isso fazem) mas vão ter de se desembrulhar sozinhos. Vão ter de chegar às vossas próprias conclusões, através da vossa experiência pessoal e, lá está, da vossa capacidade de pensar.

Há quem pape o que lhe enfiam pela goela abaixo. Quem se conforme com o que lhe vendem ao longo da vida como estando correcto.
Não vão nessa conversa, por favor, a cabeça é para ser usada, não é para usar chapéu.
Não papem o que vos quiserem impingir sem o porem em questão se vos cheirar a esturro.

Lembrem-se que até as próprias sociedades estão sempre a evoluir e a questionar coisas que eram no passado dados adquiridos. Já foi OK, escravizar outros seres humanos. Já foi OK, as mulheres não poderem votar. Já foram OK muitas coisas que hoje em dia nem nos passaria pela cabeça fazer ou apoiar.

Sejam verdadeiros com vocês próprios e com os outros.
Ajam coerentemente, segundo as vossas próprias convicções, mantendo a porta aberta para outras ideias.
Mas não desistam para agradar, não desistam para evitar conflitos, não abram mão daquilo em que realmente acreditam por nada deste mundo… a não ser, evidentemente, que tenham efectivamente mudado de opinião.
A isso chama-se evoluir e não ceder.

Construam um futuro melhor, mais genuíno, mais verdadeiro, mais justo, mais estruturado para a vossa geração, que o mundo neste momento, mês riques filhes, está uma bela trampa em termos humanos.

Vá, força e coragem, malta!!! ;)




PS: Dedico este post ao “jovem adulto” ( gramasteis do "jovem adulto", J.?! ) que mo inspirou, ao ter transformado noutra coisa a suástica que tinha desenhado nos jeans, por me provar que os gajos afinal ás vezes até nos ouvem e tudo. ;)
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