quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Os Peter Pans

COM MÚSICA

O meu screen saver é um slideshow de fotos da pasta do mê filhote… perigosíssimo! Uma pessoa vai à casa de banho e quando volta não ousa sequer tocar no rato. Tã lindooooo… saudosista pra caramba. Fico aqui sentada, a ver o meu anjo a aparecer randomly em várias idades. Baba, baba, baba…

Dito isto, estava eu ontem a babar-me em frente ao monitor, quando “passa” uma foto do primeiro aniversário dele… Eu com ele ao colo, a apagar a velinha… :)))
Chiça, que envelheci desde então!!! :(
Foi à cinco anos, caraças… cinco anos é muito tempo?! Como é que fiquei com esta pele de velha e tantos cabelos brancos?
lolololololololololol

Isto fez-me mais uma vez pensar na questão da idade… Na maneira como certas pessoas se “recusam” a envelhecer… Como se tivessem opção… pfffffff
Uma vez, numa entrevista à Elle McPherson, perguntaram-lhe:
“Como manequim, o que pensa do envelhecimento? É uma ideia que a assusta?”
“Não, acho fantástico… já pensou na alternativa?”
My point exactly… ; )

Nós nascemos, crescemos, envelhecemos, morremos… é a ordem natural das coisas.
Se os primeiros dois processos são naturalmente aceites pelas pessoas, no que diz respeito aos últimos dois, vai lá vai…
É meio mundo a tentar arranjar maneira de continuar jovem até à morte, se esta não puder mesmo ser evitada… lol

Várias pessoas me chateiam por não pintar o cabelo… e quando digo “chateiam” não estou a exagerar, zangam-se comigo, ralham-me… “Faz-te velha!”
“Mas, velha como?” Pergunto eu… “Pareço ter sessenta anos? Pareço ter cinquenta anos?...” Invariavelmente respondem que pareço basicamente ter a idade que tenho… lol
Acham no entanto que se pintasse o cabelo poderia parecer mais nova…

Não vejo qualquer inconveniente em que se pinte o cabelo. Eu não pinto por duas razões muito simples, primeiro porque gosto de facto das minhas lindas “madeixas” brancas, depois porque simplesmente não tenho pachorra para essas merdas… não fui feita para ser gaja, devia mijar em pé… Grunf!
A malta acha no entanto um crime que não o faça… como se estivesse a “revelar um segredo”, a relembrar que por baixo das tintas quase todos nós, com esta idade, temos mais ou menos cabelos brancos e que isso é sinal de velhice…

Eu, pelo meu lado, acho uma pena que as pessoas não consigam assumir a idade que têm e viver em paz com isso. Cada fase da nossa vida tem o seu encanto… a infância, a adolescência, o início da idade adulta e todas as seguintes.
As crianças estão conscientes das suas “limitações” enquanto crianças e parecem viver bem com isso… os adultos revoltam-se.

Faz-me confusão a malta que continua a querer viver como se tivesse vinte anos. Que se recusa a ver que já não “pode” fazer certas coisas…
Este inverno, por exemplo, a minha irmã e eu tivemos um trabalhão do caraças para tentar fazer perceber à nossa mãe, de sessenta e tal anos (quinze mentais… lol), que não era boa ideia experimentar o snowboard… que um historial de hérnia discal, ciática e vertebra rachada associado ao peso dos anos, era capaz de ser um bocado over kill… Não foi fácil... Ficou amuada connosco.

Não há nada mais patético do que uma velha gaiteira…


... aquelas tias, todas coladas com cuspo, que roubam os jeans às filhas para parecerem mais novas.

Ou os velhos jarretas a ostentar as suas beldades de vinte anos, com o comprimidinho de Viagra no bolso…


...lá diz o ditado popular, “Burro velho não toma andadura; e se a toma, pouco dura” ; )


Perdemos coisas com a idade… perdemos sim senhor… mas será que não ganhamos outras? O passar do tempo deveria servir para ganharmos serenidade, paz de espírito, para nos sentirmos bem com nós próprios e com os outros. Para vivermos bem com o que temos em vez de nos lamentarmos do que já não temos. Sobretudo porque, aqui entre nós, não há na realidade grande coisa a fazer, como se costuma dizer “o tempo não perdoa”…


Como recebi uma vez num mail:
Forget about the past, you can't change it.
Forget about the future, you can't predict it.
Forget about the present, I didn't get you one.
lolololololololol


PS: Embora reconheça que o possa parecer, este post não é nenhuma boca a amigos recém adquiridos e... menos jovens. ; )

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Wall of fame...

COM MÚSICA



Quando eramos miúdas, uma amiga da minha irmã costumava dizer que odiava a ideia de chegar a adulta sem se ter tornado uma “pessoa conhecida”… considerava o anonimato uma espécie de falhanço social.
Era uma ideia que me dava arrepios visto que sempre pensei exactamente o contrário…
O meu pai costumava dizer no gozo “sim, sim… é muito conhecido… em casa dele…”. Foi o que sempre aspirei a ser, muito conhecida em minha casa.
Se a ideia de ser atriz, por exemplo, em tempos me atraiu como a qualquer outra pita, a assombração da “celebridade” rapidamente a afastou. Simplesmente não gosto de ser conhecida por quem não conheço!
A primeira sensação do género que tive foi com este blog… Aquela angústia de não saber quem me estava a ler… Com o tempo fui-me habituando… afinal de contas só cá vem quem estiver interessado na porcaria que para aqui escrevo… e… não me levem a mal mas, vocês são meia dúzia de gatos pingados, não assustam ninguém… lol
Agora bem que me lixei…
Não podendo própriamente considerar-me uma celebridade (lol) a realidade è que perdi recentemente o tão prezado anonimato.
Neste monstro que criei, que é o site do Liceu Francês, sou “conhecida” por mais de mil e quinhentas pessoas (and going up…) das quais não conheço nem um cagagésimo…
Vi-me pertantes obrigada a tentar perceber porque é que isto me incomodava tanto, por forma a que deixasse de acontecer, dado que é tarde demais para descalçar a bota… 1.500 indibiduos já é bués da people.
Cheguei então à conclusão de que era tudo uma questão de CONTROLE… é verdade… controle…
Sou uma “control freak”… (uma das incontáveis ervas daninhas no meu jardim…) como tal fico completamente ás aranhas com a ideia de não controlar mínimamente a ideia que os outros fazem de mim.
Patético, eu sei… mas não tanto como já estão praí a pensar! Grunf!

Como tentei exemplificar na minha triste amostra de livro (continuo a achar que a ideia era boa… a autora é que deixa muito a desejar) consoante a pessoa com quem estamos a lidar, falamos de maneira diferente, abordamos assuntos diferentes, partilhamos coisas diferentes… o nosso relacionamento com as pessoas é normalmente personalizado.
Para além disso costuma ser bilateral… acção/reacção, estão a ver a ideia…
Quando nos tornamos “pessoas conhecidas”, esqueçam… os outros pegam naquilo que acham que somos e fazem com isso o que bem entenderem.
Tanto nos podem colocar num totalmente imerecido pedestal como atirar-nos para a lama e cuspir-nos no olho sem que tenhamos uma palavra a dizer…
E, como dizia o outro senhor, “não gosto, chateia-me…” lol
Não sei se alguma vez jogaram ao “telephone arabe”? Conta-se uma história à orelha de alguém, que a conta ao seguinte, que a volta a contar e o último conta-a em voz alta… em geral esta versão já não tem nada a ver com a inícial…
Assim acontece com as “pessoas conhecidas”, o que pensam sobre nós pouco ou nada tem a ver com a realidade. Toda a gente caga sentença mas poucos nos conhecem de facto.
Cheguei então finalmente à conclusão de que isso não tem grande importância… He, he… estão a ver, problema ultrapassado. ;)
O que as pessoas que não nos conhecem pensam de nós é lá com elas, quer seja “bem”, quer seja “mal”… simplesmente não há grande coisa a fazer.
O que é realmente importante é que saibamos quem somos, o que somos e sobretudo o que não somos… que sejamos coherentes, honestos e transparentes…
E a realidade é que isto é tão válido para os conhecidos como para os desconhecidos.
Pronto Dr. acabou a minha hora… vou pagar a consulta à recepcionista… lolololololololol


domingo, 10 de agosto de 2008

Receitas - Best Of

COM MÚSICA

Primeiro pensei escrever este post numa data “especial”, tipo os dois anos do site… depois dei-me conta de que era uma estupidez, “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”… lol
Como afirmei na minha introdução , a ideia deste blog é partilhar “receitas” de vida que contribuem para a minha felicidade.
Estou perfeitamente consciente de que sendo todos diferentes o que me ajuda a mim pode não valer nada para outros… não tento impingir nada a ninguém. Quem não gosta não coma... lololol
Queria então agora fazer um apanhado das receitas que considero mais saborosas e nutritivas... ; )
A mais importante, para se ser feliz é, claro está, acreditar na felicidade. lol
E acreditar como sendo uma realidade e não um objectivo…
Quando falo em “acreditar” não é por acaso, ter fé, seja no que for, é na minha opinião extremamente importante para nos ajudar nos momentos difíceis…
No entanto ter fé não chega, a nossa felicidade passa pelos nossos pensamentos, pelas nossas atitudes… por alguma razão nos chamam “animais racionais”. A cabeça não foi feita só para usar chapéu, se nos foi fornecida inteligência é para ser usada. Quando falo em inteligência quero dizer “inteligência emocional” a outra pergunto-me se ajuda ou empata… lol
Não sendo eremitas, o facto de termos presente que não estamos sós neste mundo é, na minha opinião, uma questão fundamental. E, believe it or not, acredito que uma boa dose de altruísmo contribua para a nossa felicidade, sim. A vida é como os boomerangs … o que vai volta.
As amizades têm um papel fundamental nas nossas vidas. Estas requerem empenho, manutenção … não vivem por si só porque sim. Da mesma forma que as devemos acarinhar e preservar, também nos devemos saber afastar dos relacionamentos que nos fazem mal.
Todos temos defeitos e qualidades (que se lixe o politicamente correcto, lol) e é bom que os identifiquemos quanto antes, para podermos separar o trigo do joio e desenvolver só o que interessa.
Há características nossas que não interessam nem ao menino Jesus (serão diferentes para cada um, sem dúvida) e seremos certamente muito mais felizes se as conseguirmos, se não erradicar, pelo menos controlar.
Da mesma maneira que nos preocupamos com a saúde do nosso corpo, também nos devemos preocupar com a da nossa “alma”.
Também ajuda percebermos que não somos o centro do Universo… Ah, pois é… As coisas “levadas a peito” doem muito mais. Se percebermos que nem tudo nos é dirigido embora nos possa afectar, a vida torna-se muito mais leve.
Se em vez de nos queixarmos das coisas más que nos acontecem ou das boas que não temos fizermos exactamente o oposto o sol parecerá muito mais brilhante. Always look at the bright side of life. ;)
Não podemos ter tudo na vida… vão-nos acontecendo coisas, vamos fazendo escolhas, vamos seguindo um certo caminho… e não podemos seguir dois ao mesmo tempo (pelo menos quem, como eu, não tenha o dom da ubiquidade… lol).
Não vale a pena ter medo "das coisas más” que nos possam vir a acontecer… o medo é paralisante… castrador. Há que seguir em frente, de cabeça erguida e lidar com o que nos aparecer quando e se aparecer de facto.
A felicidade requer treino diário, empenho e vontade de ser feliz mas sobretudo tem de ser uma cadeira prática … não serve para nada falar simplesmente sobre o assunto.
E, acima de tudo… na minha opinião… é HOJE !!! Porque pode não haver amanhã… ;)