terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2008

COM MÚSICA

Tudo se queixa, minha gente, de que 2008 foi um ano muito mau.
Foi sem dúvida duro em muitos aspectos… trouxe dificuldades, angústias, tristezas até… mas no que me diz respeito, em termos humanos, não podia ter sido mais enriquecedor.

Em 2008 nasceu “o Monstro”…

Este tem provocado em mim uma cascata de emoções fortes, quentes e boas (assim cumás castanhas, sei lá) … que mais se pode pedir num só ano?!

Reencontrei pessoas de quem nada sabia há muitos anos.
Conheci gente que veio, sem qualquer sombra de dúvida, trazer um valor acrescentado à minha vida.
Confirmei que “a união faz a força” e que juntos podemos mover montanhas.
Mas sobretudo descobri que anda muito boa gente “por aí”…
Este ano acabou por ser para mim uma ode à amizade!!!

Em 2008 “ganhei” um grande amigo… (saiu-me numa rifa… lol)
Sim, eu sei que as amizades vão crescendo com o tempo, que não é em poucos meses que nos podemos considerar “amigos” de alguém… mas neste caso estou disposta a correr o risco da afirmação.
A empatia que sentimos não pode ser uma ilusão, seria demasiado triste e recuso-me sequer a considerar a hipótese.
Em pouco tempo criámos laços que não tenho com pessoas que conheço de toda a vida.
Apesar de só ainda termos estado juntos três vezes, desde a primeira que ambos nos sentimos como se tivessemos reencontrado um velho amigo. Noutras vidas?! Talvez…
Há uma entrega de parte a parte, um partilhar de ideias, de emoções, de histórias de vida, que muitas vezes só se consegue atingir ao fim de muitos e longos anos.
Estou certa de que muitos teremos juntos pela frente…

Em 2008 posso ter recuperado um amigo… (este fui buscar aos reciclados… ;)
De repente, de dentro da pança do monstro, saiu uma pessoa de quem não sabia nada há cerca de vinte e sete anos.
Tivemos uma relação forte e intensa na adolescência, durante cerca de um ano, e depois perdemos totalmente o contacto.
Na altura em que nos dávamos tivemos sem qualquer sombra de dúvida uma relação priveligiada em que tudo partilhávamos, tudo discutiamos, tudo descobriamos juntos…
Vá-se lá saber o que aconteceu para provocar o afastamento, pois não me lembro de nunca nos termos zangado, mas a realidade é que foi um corte radical.
Então não é que ao fim de tanto tempo nos reencontramos e parece que o tempo estagnou?!
Não só sentimos o mesmo à vontade que tinhamos, como descobrimos novos pontos de interesse em comum, uma maneira de ser perante a vida muito semelhante, agora com marido/mulher/filhos…
Eu diria que há aqui potencial.

Em 2008 consolidei uma nova amizade com um “conhecimento” antigo… (esta esteve sempre escondida no sótão…)
De repente dei por mim a apreciar uma companhia feminina (vá, não sejam assim… mentes depravadas…lol), a ter uma amiga, coisa que não me acontecia há muito tempo.
Não chegou através de ninguém, não começou por ser namorada de um amigo, veio sozinha e instalou-se.
Confesso que gajas nunca foi o meu forte… sou mais dada a malta que mija de pé… mas está-me a saber tão bem…
Há cumplicidade, apoio mútuo, convergência de ideias.
O passado que temos em comum, embora em separado visto que nunca nos demos, juntou-nos e some how mantém-nos unidas.
Estamos lá uma para a outra como se fossemos as amigas de infância que nunca fomos.
Em pitas éramos quase “rivais”, cada vez mais somos unha com carne.

Em 2008 entusiasmei-me com outras pessoas… envolvi-me… entreguei-me…
Pessoas mais velhas, pessoas mais novas, mijas em pé e mijas sentadas.
Divertem-me, emocionam-me, enternecem-me, fascinam-me.
Só constam desta pequena vala comum, versus os destaques acima, por serem relações menos definidas, não são por tanto menos intensas ou menos verdadeiras…
É malta que anda mais em bando (“parecem bandos de pardais à solta…”) o tempo nos dirá onde irão parar as relações de um para um.
Mas várias sementes foram plantadas, sementes estranhas visto que têm pernas para andar.

Em 2008 uni-me com outros para ajudar o próximo… e conseguimos.
Conseguimos estender a mão e abraçar várias causas.
Juntos fizemos a diferença, juntos levámos a água aos nossos moínhos.
Descobri que há muito boa gente, gente empenhada em minimizar o sofrimento alheio, em distribuir alegria por quem mais dela carece.
E o rio continua a correr e mais causas há de haver, e cá estaremos nós para acorrer…

Em 2008 descobri que um coração dá para muita gente… e que quem é de facto amigo compreende que há lugar para todos.
Descobri que consigo ser mãe, mulher, amiga… sem que ninguém fique lesado.
Descobri que os que me rodeiam aceitam essa partilha, não disputam egoísticamente o meu amor e isso traz-me paz, serenidade.

Em 2008 confirmei que as amizades são dos bens mais valiosos que podemos ter… ; )



"A friend is a gift you give yourself..."

5 comentários:

  1. Trata de arranjar mais dias para 2009, 365 vai ser apertado para receberes todo o carinho que despoletaste nas pessoas.
    Um ano feliz

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  2. Depois do tempo, outro tempo virá. Que seja bom.
    Feliz 2009.

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  3. Pois teve coisas boas e uma delas foi o "sai-te"... mas ainda bem que já é 2009!

    Feliz 2009!

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  4. Eu sabia que estavas só a fingir que estavas longe!

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