terça-feira, 22 de setembro de 2009

De quarentões para cima…

COM MÚSICA

-->
Quando éramos mais novos todos acabávamos por assumir algum papel no liceu… A menina bonita, o fanfarrão, a tímida, o gabarolas, a pirosa, o introvertido, a boazona, o corajoso, a feiosa, o romântico, a cabra…
Dei-me conta de que algumas pessoas não perceberam ainda que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. ;)
Sim, é verdade… sentimo-nos atraídas pelos meninos bonitos da escola, um palminho de cara era meio caminho andado para ficarmos pelo beicinho. Sim, os putos de falinhas mansas ou os natural born leaders causavam o seu efeito. Sim, era importante aquela dose de “I’m the king of the world” para nos conquistar…
E há de haver um equivalente para eles.
Mas sabem que mais? Já não são as picas da adolescência que nos interessam hoje em dia…
Com os anos e a vivência, as pessoas (quer dizer... algumas...) vão aprendendo umas coisas.
No que respeita as relações amorosas, ao fim de uns anos largos de vida e de um que outro casamento falhado, começamos a ter uma noção cada vez mais nítida do que queremos e do que não queremos.
Descobrimos uma que outra coisa…
Que uma carinha laroca não é garantia de uma personalidade interessante.
Que um corpinho bem talhado não é garantia de satisfação sexual.
Que as falinhas mansas são muito bonitas mas que gostamos mais de ver as coisas postas em prática.
Que não somos pertença de ninguém.
Ou seja…
É nesta fase da vida que os patinhos feios se podem transformar em cisnes.
As qualidades mais apreciadas já não são as mesmas. Passa a dar-se mais valor ao “é” do que ao “parece”, mais crédito ás acções do que ás palavras, mais importância ao equilíbrio do que à força.
É como se o nosso discernimento passasse a usar peneira, a por de lado tudo o que já nos causou problemas, a procurar repetir o que correu bem.
Ou seja (digo eu, que gosto muito de dizer coisas…) a partir de certa idade, nós queremos mais é que não nos lixem o juízo. O que queremos ao nosso lado é alguém que nos veja tal como somos, com qualidades e defeitos, e aceite conscientemente todo o pacote. Alguém que dê importância ás coisas realmente importantes, perdemos a pachorra para “cenas”. Queremos que nos divirtam, que nos apoiem, que nos dêem espaço, que nos respeitem, que nos critiquem ou admirem conforme o caso e nos aceitem com os nossos bugs.
E queremos também que esperem todas estas coisas de volta da nossa parte.

8 comentários:

  1. E cá venho eu dar-te razão e concordar e fazer das tuas palavras as minhas e coiso e tal. Mas, é verdade. Concordo em tudo quanto dizes, se bem que há muitos, que após os 35, entram numa segunda adolescência, atiram com o relacionamento estável para as cucuias, voltam a ir para o by night e o que querem afinal é “aproveitar” e queimar os últimos cartuxos. Desconfio é que estes não saíram bem da primeira, só fizeram foi um intervalo em que brincaram às casinhas e às carreiras, mas quando a coisa entrou na monotonia, vai de atirar tudo ao ar.

    P.S. Verdade seja dita, e de que falávamos nós na adolescência?

    ResponderEliminar
  2. Também há desses, há... e dessas... lol
    Mas pelo menos sempre vai havendo mais "dos outros", é o que vale. ;)

    ResponderEliminar
  3. Não percebi nadinha de nada. Se calhar, não domino o léxico. Podes repetir, sff? Mas com as palavras bem silabadas! Obrigado.
    Teen4ever

    ResponderEliminar
  4. lolololol
    Bem, é sempre bom verificar que "os outros" também me lêem... ;)
    Eu depois um dia faço-te um desenho, ó Peter Pan...

    ResponderEliminar
  5. Isso parece uma crise de fé. Para mais informações ver http://sopadeideias-cr.blogspot.com/2009/09/crises-de-fe.html

    Depois falamos

    ResponderEliminar
  6. Não sei se isto é assim tão simples e linear e se existe alguma idade a partir da qual as coisas mudam. Diria antes que temos 2 existências uma racional e outra mais irracional, chamemos-lhe emocional e intrínseca ao nosso ser . A primeira, vai evoluindo com a idade, e com a idade vai sendo cada vez mais sabedora dos melhores caminhos, decisões a seguir. Mas a outra existencia é mais irracional, mais incontrolável, por vezes absurda, que nos conduz aonde, por vezes, não queremos ir…, chamem-lhe o que quiserem…

    … no limite, aceito que a força da razão, com a PDI , vá vencendo a força da emoção… mas … nem sempre é assim…

    ResponderEliminar
  7. Estás outra vez a entrar na discussão contigo mesma da pescadinha de rabo na boca. Os bonitos são uns sacanas ou estúpidos, os menos bonitos são o bonus pater familiae.
    Eu já vi muito estropício burro como portas e mau como cobras, assim como (raios do espelho) pessoas impecáveis e lindas.

    E "um corpinho bem talhado não é garantia de satisfação sexual"? Pois, talvez, mas ajuda muito. É como dizermos que o dinheiro não traz felicidade...

    De resto, não me lembro bem do que era no liceu. Entre a menina bonita, a pirosa, a boazona e a cabra, devo ter tido algum epíteto. O fanfarrão, gabarolas, introvertido, ou o romântico, não fui de certeza ;-)

    Na tua lista, as gajas podiam ter 3 características negativas (pirosa, feiosa ou cabra), duas neutras (tímida ou boazona), por ambas poderem ter cargas negativas ou positivas e uma única positiva (menina bonita). Já eles, podiam ser o fanfarrão ou gabarolas (2 negativo), o introvertido (1 neutro) ou o corajoso ou romântico (2 positivo). Hei, eu também gosto mais deles, mas procuro não desequilibrar tanto a minha "balança".

    Quase nunca concordo, mas gosto sempre de te ler. Isso sabes.

    Beijos

    ResponderEliminar
  8. Carlos: crise de fé? Que raio é que este post tem a ver com crises de fé?! Humpf!

    Pedro: a idade era só para dar um título à coisa, é evidente que não é assim tão simples... lol
    Quanto à emoção/razão... na mouche, mais uma vez... é o tema de um dos próximos posts que já está em "rascunho". lololololol

    Nené: que leitura tão básica do meu post foi essa, menina?
    "Os bonitos são uns sacanas ou estúpidos, os menos bonitos são o bonus pater familiae."?!
    Onde é que eu disse isso? Hein? Hein?! ;)

    ResponderEliminar