quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

E se um desconhecido lhe oferecer flores…


COM MÚSICA



Li recentemente o livro do Salvador Mendes de Almeida, Ser feliz Assim.
Dizer que este homem não teve (tem) uma vida fácil será no mínimo um understatement.
No entanto olhem para ele, para a sua atitude perante a vida, a sua postura, os seus feitos, o seu sorriso…
E mencionar este último fez-me pensar noutro grande homem, de sorriso encantador, que muitos devem também já conhecer, Nick Vujicic.
Se eles, com todas as suas dificuldades e limitações, podem ser felizes, porque não o conseguiríamos nós?!

A mim, pessoalmente, as suas histórias inspiram-me de forma inacreditável. Quando descubro um destes seres de energia positiva superior, investigo-o até à medula. Leio/vejo/oiço tudo o que têm para nos dizer, para nos transmitir, devoro as suas palavras, delicio-me com o brilho dos seus olhares. Vão-se acumulando as suas experiências no meu subconsciente, para ressurgirem quando menos espero, para me dar força para alguma coisa que me está a custar.

Para vos dar um exemplo de uma forma curiosa destas coisas me ajudarem:
Não há nada a fazer, vou alegremente a caminho do meio século, já experimentei um pouco de tudo, do mergulho á escalada, do motocross à vela, do ski aos patins em linha, da yoga ao paraquedismo, não é portanto por falta de tentar, e não há nenhum tipo de exercício físico que me proporcione verdadeiro prazer…
( ...isso não conta, you perverts!!! )
A realidade é que, para mim, o desporto favorito é espojar-me no sofá e duvido que alguma vez isso vá mudar. Cada um é como cada qual, prefiro exercitar as células cinzentas, prontes…
Infelizmente, estas últimas obrigam-me a “mexer o rabo” porque é importante para a saúde e consequentemente para a nossa felicidade. 
Como gostaria de ter vivido numa época em que os seres humanos ainda não tinham consciência deste facto [suspiro].
Recomecei portanto recentemente, depois de um intervalo de uns anos, a fazer ginástica. E como estou também a precisar de me livrar de oito quilos de “já não fumo”, fui para uma ginástica da pesada (a turma deve ter uma idade média de 65 anos… a maioria já deve ter direito a redução no preço). Ok, falando sério, custa-me para caramba…
Li então o livro do Salvador. E, desde então, deixei de me atribuir o direito de me queixar por poder mexer-me como mexo e ter o privilégio de me conseguir exercitar sem precisar de ajuda externa. Acabou, sou um homenzinho agora, fico ali de bofes de fora mas agora já sem lamentações.
É uma coisa pequenina?! 
Pois é… mas a vida é feita de mais coisas pequeninas do que grandes, e grão a grão enche a galinha o papo.

Dito isto, os dois homens que mencionei, para além de uma força e alegria de viver extraordinárias, têm em comum a vontade, ousaria quase dizer necessidade, de usar a sua experiência pessoal para ajudar os outros. E muitos outros haverá por aí, felizmente, a fazer o mesmo trabalho, cada um(a) com a sua história de vida, com as suas questões pessoais, partilhando a sua força de viver com os que dela precisam.
Fazem missão da sua vida melhorar a de perfeitos desconhecidos.
Perante as suas histórias podemos concluir que com o mal dos outros posso eu bem ou aceitar as flores que nos oferecem.

E aceita-las, conseguir aprecia-las, quer dizer compreender e aceitar com serenidade que sozinhos não vamos a lado nenhum, que temos de nos amparar mutuamente, quer física quer emocionalmente, para conseguirmos ser felizes. 
O Nick Vujicic (raios que este homem tem um apelido impronunciável!!! Irra) tem um texto muito giro sobre esta ideia. Nós, os comuns dos mortais, que enfrentamos o dia a dia sem dificuldades de maior, olhamos para estes “monstros sagrados” como nossa inspiração. A realidade é que também eles têm os seus exemplos inspiradores, todos temos, perto ou longe.

Isto é um círculo vicioso, o que “custa” é começar a olhar para os outros com olhos de ver. Separar o trigo do joio e perceber quais é que se nos apresentam como efectivamente felizes, realizados, seja qual fôr a sua condição. A partir daí começamos a sorver a sua experiência para nos ajudar com a nossa. E se esta nos chegar oferecida com todo o prazer, amor e carinho, mais eficaz será ainda.

Se todos partilharmos esta atitude, então meus amigos, the sky is the limit, não há nada que o ser humano não consiga. ;)






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