Ultimamente, em meios e situações diversas, tenho tido várias conversas que gostava de confrontar neste post.
Um dos temas era o "criticar os outros" o outro o agir conforme as nossas convicções "no matter what"...
Talvez seja mais fácil, para me explicar melhor, começar pela segunda questão.
Não é só relativamente à questão do Euromilhões que eu sou uma perfeita anormal, há muitas mais.
Por "perfeita anormal" leia-se "fora da normalidade"... Ou seja, há muitas coisas relativamente ás quais não me enquadro nos padrões da nossa sociedade...
Mas atenção, não estou sozinha, há mais como eu, em diversos campos...
Be afraid, be very afraid, eles andem aí! LOL
Dando um exemplo concreto:
Não sei o que é pudor... quero dizer pudor físico. Para mim estar nua ou vestida é perfeitamente igual nesse sentido e a nudez não tem nada "de mal", nem conotações obrigatoriamente sexuais, ás vezes tem e ás vezes não tem...
Para além disso adoro estar nua (quando as condições climatéricas o permitem porque sou muito friorenta... LOL) em certas situações. Gosto de nadar nua, de estar nua ao sol , de dormir nua, de andar nua pela casa...
Há situações em que para mim faz sentido a nudez e outras em que não faz. Isto é pessoal e intransmissível mas estou perfeitamente consciente de que várias das situações em que para mim faria sentido, para a maioria das pessoas não faz.
Como resultado, tirando no banho raramente estou nua, como gostaria.
Porquê? Simplesmente porque vivo em sociedade e acho que não faz sentido "chocar" o próximo. Se as pessoas se "incomodam" com a nudez alheia (já sem falar da sua própria) não vejo razão para a impor.
Não considerando a nudez como uma coisa "condenável" como resolvo então a situação?
Ao sabor da maré...
Se estou acompanhada tento ter a sensibilidade de perceber se quem está comigo se incomoda ou não. Vivi com uma pessoa que até de eu passar em pelota da casa de banho para o quarto se incomodava...
Dentro de limites que considere razoáveis tento adaptar-me ás diversas situações.
Outro exemplo, tenho ideias relativamente a vários assuntos, tipo a vida o amor e as vacas, que sei que não serão partilhadas pela maioria das pessoas. Aliás, não só não serão partilhadas como serão "condenadas" pela maior parte delas...
O que faço então? A mesma coisa... falei da nudez porque era mais fácil de explicar, mas relativamente ás ideias, dentro de certos limites, só as "mostro" a quem acho que posso, para não agredir ninguém...
Dito isto chegamos então ao primeiro ponto... o criticar os outros...
Eu critico os outros, julgo que todos o façamos, se alguém age de uma forma que não vá ao encontro daquilo que penso, daquilo que sou, sou perfeitamente capaz de "cascar" e faço-o regularmente. Aliás, no nosso grupo de amigos o cascar é mesmo considerado um "desporto nacional"... LOL
Agora, quem sou eu, quem somos nós, para crucificar o próximo?
Uma coisa é falar, discutir o assunto, "cascar" no sentido em que se está a afirmar não estar de acordo com "certas e determinadas" coisas. Outra coisa é "zangar-se" directa ou indirectamente com essas pessoas, po-las à margem, atiçar-lhes os cães.
Para começar, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra"... é muito perigoso atirar pedras pois podem muito bem um dia vir de volta. Ás vezes criticamos certas atitudes a terceiros que mais tarde, sabe-se lá, por qualquer razão, podemos vir nós próprios a ter,
Depois, quem somos nós para julgar? É muito fácil ter "nobres" princípios e ideias muito definidas sobre os assuntos, mas às vezes não é evidente po-los em pratica.
Notem que não estou a falar de coisas que nos afectem directamente. Se alguém "se portar mal" comigo, sinto-me no perfeito direito de "me zangar", estou a falar de atitudes, maneiras de ser, maneiras de viver, de actos que só dizem respeito a quem os pratica...
Ora perguntam vocês; onde é que estas duas "conversas" se tocam?
Acho que há pessoas que insistem em impor a sua maneira de ser nos dois casos...
O "sou assim, sou assim..." ou como dizem os franceses (olá Carlinhos... ; ) "qui m'aime me suit", para mim não faz sentido nenhum, acho que não devemos impor as nossas ideias a quem não é capaz de lidar com elas, é como uma violação...
Por outro lado acho que não temos direito de crucificar as atitudes dos outros, o que pensam, como agem, cada um sabe de si...
Um bocado paradoxal, não?
Pois... é para pensar...
Um dos temas era o "criticar os outros" o outro o agir conforme as nossas convicções "no matter what"...
Talvez seja mais fácil, para me explicar melhor, começar pela segunda questão.
Não é só relativamente à questão do Euromilhões que eu sou uma perfeita anormal, há muitas mais.
Por "perfeita anormal" leia-se "fora da normalidade"... Ou seja, há muitas coisas relativamente ás quais não me enquadro nos padrões da nossa sociedade...
Mas atenção, não estou sozinha, há mais como eu, em diversos campos...
Be afraid, be very afraid, eles andem aí! LOL
Dando um exemplo concreto:
Não sei o que é pudor... quero dizer pudor físico. Para mim estar nua ou vestida é perfeitamente igual nesse sentido e a nudez não tem nada "de mal", nem conotações obrigatoriamente sexuais, ás vezes tem e ás vezes não tem...
Para além disso adoro estar nua (quando as condições climatéricas o permitem porque sou muito friorenta... LOL) em certas situações. Gosto de nadar nua, de estar nua ao sol , de dormir nua, de andar nua pela casa...
Há situações em que para mim faz sentido a nudez e outras em que não faz. Isto é pessoal e intransmissível mas estou perfeitamente consciente de que várias das situações em que para mim faria sentido, para a maioria das pessoas não faz.
Como resultado, tirando no banho raramente estou nua, como gostaria.
Porquê? Simplesmente porque vivo em sociedade e acho que não faz sentido "chocar" o próximo. Se as pessoas se "incomodam" com a nudez alheia (já sem falar da sua própria) não vejo razão para a impor.
Não considerando a nudez como uma coisa "condenável" como resolvo então a situação?
Ao sabor da maré...
Se estou acompanhada tento ter a sensibilidade de perceber se quem está comigo se incomoda ou não. Vivi com uma pessoa que até de eu passar em pelota da casa de banho para o quarto se incomodava...
Dentro de limites que considere razoáveis tento adaptar-me ás diversas situações.
Outro exemplo, tenho ideias relativamente a vários assuntos, tipo a vida o amor e as vacas, que sei que não serão partilhadas pela maioria das pessoas. Aliás, não só não serão partilhadas como serão "condenadas" pela maior parte delas...
O que faço então? A mesma coisa... falei da nudez porque era mais fácil de explicar, mas relativamente ás ideias, dentro de certos limites, só as "mostro" a quem acho que posso, para não agredir ninguém...
Dito isto chegamos então ao primeiro ponto... o criticar os outros...
Eu critico os outros, julgo que todos o façamos, se alguém age de uma forma que não vá ao encontro daquilo que penso, daquilo que sou, sou perfeitamente capaz de "cascar" e faço-o regularmente. Aliás, no nosso grupo de amigos o cascar é mesmo considerado um "desporto nacional"... LOL
Agora, quem sou eu, quem somos nós, para crucificar o próximo?
Uma coisa é falar, discutir o assunto, "cascar" no sentido em que se está a afirmar não estar de acordo com "certas e determinadas" coisas. Outra coisa é "zangar-se" directa ou indirectamente com essas pessoas, po-las à margem, atiçar-lhes os cães.
Para começar, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra"... é muito perigoso atirar pedras pois podem muito bem um dia vir de volta. Ás vezes criticamos certas atitudes a terceiros que mais tarde, sabe-se lá, por qualquer razão, podemos vir nós próprios a ter,
Depois, quem somos nós para julgar? É muito fácil ter "nobres" princípios e ideias muito definidas sobre os assuntos, mas às vezes não é evidente po-los em pratica.
Notem que não estou a falar de coisas que nos afectem directamente. Se alguém "se portar mal" comigo, sinto-me no perfeito direito de "me zangar", estou a falar de atitudes, maneiras de ser, maneiras de viver, de actos que só dizem respeito a quem os pratica...
Ora perguntam vocês; onde é que estas duas "conversas" se tocam?
Acho que há pessoas que insistem em impor a sua maneira de ser nos dois casos...
O "sou assim, sou assim..." ou como dizem os franceses (olá Carlinhos... ; ) "qui m'aime me suit", para mim não faz sentido nenhum, acho que não devemos impor as nossas ideias a quem não é capaz de lidar com elas, é como uma violação...
Por outro lado acho que não temos direito de crucificar as atitudes dos outros, o que pensam, como agem, cada um sabe de si...
Um bocado paradoxal, não?
Pois... é para pensar...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"Nunca critiques um homem até andares um quilómetro nos seus mocassins"
ResponderEliminar- Velho provérbio índio
Quem foi o ordinário que pôs um comentário e depois o apagou??? Hum, hum ? Cagarolas...
ResponderEliminarTouro Sentado não apagou o seu comentário.
ResponderEliminarTouro Sentado é um bravo que mantém firme a sua opinião e que anda há muitos anos nos seus próprios mocassins.
Ugh.
Touro Sentado falou.
Como já te disse, gostei muito deste "post".Partilho a tua abordagem em relação às nossas "anormalidades": vivê-las com quem as partilha, partilhá-las com quem as entende e ser discreto com os outros.
ResponderEliminarNunca te esqueças que "anormal" quer apenas dizer fora da norma,e um seu sinónimo é "excepcional"