segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tentações do diabo...

COM MÚSICA


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Por muito bem que estejamos numa relação sólida, estável, duradoira e satisfatória… não nos safamos a uns abanões de vez em quando.
É natural e julgo que aconteça a qualquer um, once in a while.
O diabo (lol) tenta-nos e cabe-nos manda-lo àquela parte.
Claro que isso implica sérios conflitos entre emoção e razão, mas com jeitinho faz-se. ;)
Mantemos ao longo da vida dezenas de relações perfeitamente inócuas e um dia, quando menos esperamos, aparece-nos à frente alguém que faz tilt.
De repente damos por nós com pele de galinha quando nos cumprimentamos, sentimos um calorzinho na base dos rins e surpreendemo-nos a fantasiar com cambalhotas em vale de lençóis.
É relativamente fácil virar costas quando o “objecto do desejo” não nos diz mesmo mais nada, quando se trata de uma atracção puramente animal.
Se não tivermos nada em comum, dificilmente poremos em risco a nossa situação actual a não ser, evidentemente, que esta já estivesse anteriormente em crise.
A porca torce o rabo é quando existem empatia, interesses comuns, admiração, etc…
A imaginação começa a vomitar “Ses” que, degenerando em sentimentos, podem ser muito perigosos.
O facto de simplesmente nos colocarmos a questão de um potencial relacionamento poder dar certo, faz imediatamente disparar a sirene de alerta.
Se a pica pertencer à primeira categoria, cortar o mal pela raiz e deixar de ver a pessoa em questão pode dar certo… Longe da vista, longe da tentação…
Mas no segundo caso esta solução é dúbia. Se fugirmos nunca havemos de saber… e o não saber é um suplício terrível. Então o que fazer?
No geral, quando conhecemos alguém que à partida nos agrada, temos tendência a deixar-nos encantar, a ver sobretudo o seu lado atraente, agradável, os pontos que temos em comum.
Só mais tarde, através de um conhecimento mais aprofundado, irão surgir os “podres”, tudo aquilo que nos desagrada.
Muitas vezes chegamos então à conclusão de que estes são impeditivos para uma relação. Infelizmente, tantas vezes tarde demais… lol
O truque é, na minha opinião, tentar descobrir esse “dark side” quanto antes.
Pormos um açaime no desejo, mas não fugirmos, não taparmos o sol com a peneira, antes pelo contrário.
Tentarmos, durante o convívio, estar mais atentos aos “defeitos”, àquelas pequenas coisas que provavelmente nos iriam repelir, mais tarde ou mais cedo mas que, tendencialmente, nos recusamos a ver de início.
No fundo irmos conhecendo o outro a partir de uma distância segura e tendo sempre em mente toda a objectividade possível.
Felizmente (no que diz respeito ao assunto em questão) the odds estão a maioria das vezes contra nós. Não é fácil encontrar alguém com quem possamos ter um relacionamento saudável, basta ver a taxa de divórcios… lol
Um envolvimento amoroso tem muito que se lhe diga e, embora este tenha sem qualquer dúvida a sua importância, o sexo está longe de ser o factor mais importante.
Se o pusermos de lado, poderemos então olhar para o que realmente conta, passada a fase da “tesão do mijo”.
Se estamos numa relação duradoira por alguma razão é… (claro que podemos ser masoquistas, mas isso é assunto para outro post…lol).
A maior parte das pessoas passou anteriormente por outras relações e descobriu, por experiência própria, a treta em que se podem transformar…
Quais são as hipóteses de nos sair na rifa outra que valha a pena? É uma questão de probabilidades… e estas não estão propriamente a favor do romance cor de rosa…
É caso para dizer: get real!!!
(que me desculpem os grandes defensores das paixões… ups)
Dir-me-ão que não é fácil… pois que não é.
Os afogueamentos que nos atormentam nestas situações são geralmente pujantes, com tendência a toldar o raciocínio e dar vontade de mandar tudo ás urtigas.
Mas por alguma razão somos apelidados de animais racionais… é uma questão de nos protegermos, de colocar-mos um filtro para não nos deixarmos encandear. De obrigarmos o nosso discernimento a ser permeável à critica, em vez de a refrear como é a tendência natural.
Dê-se portanto tempo ao tempo… hipótese de conhecimento mutuo… e muito provavelmente ao fim de algum tempo já será possível dizer… “pronto, pronto… já passoooou!”
Na hipótese, extremamente improvável, de não ser o caso… batatas… ao menos já não se vai ao engano. ;)

2 comentários:

  1. Só para dizer que já li :-)

    Não vou comentar muito sobre o assunto, como sabes eu não sou assim, e é algo que me custa muito mas mesmo muito a compreender.

    Mas cada qual é como é e quanto a isso, batatas :-)

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  2. “Tentações” faz-me logo lembrar a relação amor/ódio que por vezes se tem com os chocolates.

    Presenteados(as) com uma caixa de bombons, vêm logo as incertezas. Como ? não como? guardo? ofereço como reprenda? …dou ao cão ?

    Se comem lá se volta a estragar tudo e a silhueta vai outra vez à vida com mais uns quilitos... Se não comem ficam a chuchar no dedo. Neste caso virar a caixa ao contrário e descobrir ingredientes nocivos tipo E-202, E-325, é sempre uma boa estratégia para dizer que afinal os bonbons são uma bela bosta que para além de engordar também fazem mal a isto e àquilo…

    Há quem os guarde e os reserve para um momento especial. É que uma vez não são todos os dias e … é sempre uma festa para o estômago. Entre outros, o principal problema desta opção é de que o momento especial pode tornar-se um hábito…

    Também há quem os prove e os deteste de imediato. Muitas vezes um duplo sabor, licor ou outra coisa qualquer, é absolutamente intragável. Esta situação é mais vulgar com quem está mais desatento e não teve o cuidado de ver o rótulo da caixa…

    Igualmente há quem os guarde, sem nunca abrir a caixa, guardada no guarda-fato ao pé das caixas de sapatos. O problema é que a maioria dos bonbons tem prazo de validade… sendo que os mais frescos e moles estragam-se mais depressa e aqueles mais duros de roer duram sempre mais tempo. Atenção, hoje em dia com esta coisa da Comunidade Europeia os produtos têm geralmente prazos curtos para consumo.

    Outra estratégia é despacha-los rapidamente como reprenda, ou no caso de não ter ninguém a quem oferecer … o pantufas agradece…

    Há gostos para todos mas nem todos têm os mesmos gostos…

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