domingo, 23 de maio de 2010

E viveram felizes para sempre...

COM MÚSICA

Para sempre?!
Bem… o amor é eterno, enquanto dura… ;)

Eu pessoalmente não acredito muito em sempres nem nuncas.
Na vida nada é garantido, ao longo do percurso muita coisa pode acontecer.

Durante a adolescência, não se pensa muito nestas questões. Vive-se o momento, a maior parte das vezes ardentemente, tanto física como emocionalmente. A vida é geralmente simples, sem grandes compromissos ou responsabilidades. Por muita importância que possam ter, os namoros são uma coisa acessória, não fazem parte integrante do nosso dia a dia. A nossa casa é a casa dos pais, são eles que mandam, as grandes decisões são eles que as tomam, nós limitamo-nos a contesta-las volta não volta. Ficamos felizes se pudermos passar uma noite com o ser amado, achamos normalíssima a raridade com que isso acontece.

Conforme vamos ficando crescidinhos o caso muda de figura, mais tarde ou mais cedo surge a questão do juntar trapinhos



Nos primeiros tempos das nossas vidas de adultos, isso tende a traduzir-se em casamento, com ou sem papel passado, mas na versão clássica da coisa.
Se há alguns sortudos que se ficam por aí, a maior parte irá passar por um que outro flop.
E com os insucessos vem a insegurança, o receio de arriscar, gato escaldado, como se costuma dizer…
O resultado é que se passa a utilizar mais a cabeça, o que não é obrigatoriamente mau. ;)

No início de um envolvimento amoroso, tal como na adolescência, simplesmente não se pensa.
No entanto, a partir de certa altura, começa a tornar-se evidente se a coisa está destinada ao sucesso ou ao fracasso.
No segundo caso, mais cedo ou mais tarde, irá morrer naturalmente.
No primeiro é então preciso definir o que queremos exactamente da relação e as opções são muitas.

Todos conhecemos variadíssimos casos de aparente sucesso.
Desde casamentos tradicionais a casais que vivem em países diferentes. Pessoas que optam simplesmente por ter cada um a sua casa e encontrar-se de vez em quando. Até casos em que os membros de um casal mantêm uma condição de semi-celibato continuando a ter relações extra-conjugais assumidas.
Cada um sabe de si…
A realidade é que o conceito de casal já não é o que era.

Livres do estigma social, as pessoas decidem da sua vida conforme as suas necessidades e o que faz mais sentido para elas. Basicamente, hoje em dia, juntar ou não trapinhos tem mais a ver com o lado pratico da coisa do que com o que sentem um pelo outro.

Depois do se põe-se a questão do quando… e aqui muitos vacilam, esperam por um sinal divino de que seja a decisão acertada, procuram certezas que nunca irão ter.
Se largar tudo e partir cegamente para uma vida a dois ao primeiro batimento cardíaco acelerado é, na minha opinião, uma atitude um bocado kamikaze, o esperar demasiado é uma perca de tempo. Se a coisa parece ter pernas para andar é fazer-se ao caminho.

Ai, mas e se a coisa dá para o torto?!
A coisa pode sempre dar para o torto… a coisa pode dar para o torto ao fim de muitos anos.
É uma questão de nos protegermos, de não nos iludirmos com contos de fadas e mantermos os pés na terra. Quem não arrisca não petisca, cada um terá de ter em conta o que está a por na mesa e se está realmente disposto a fazê-lo. Cada um aposta naquilo em que acredita, no que o seu instinto lhe sugere. Cada um se envolve e se entrega na medida do que é capaz.
E a mais não é obrigado… ;)


3 comentários:

  1. Hmmm mais um post sobre as bolinhas nos cds?

    ;-)

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  2. (...) foi assim que tudo começou e entraste, sem nenhum de nós saber, para a minha vida. se não para todo o sempre, pelo menos para todos os dias, enquanto os houver (...) (Margarida Rebelo Pinto)


    (parece-me que o post não tem nada a ver com bolinhas nos cd's, ou pelo menos, tem mais a ver com o tirar das marcas ;), mas isto sou eu, desconfio)

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  3. Bem... tem a ver e não tem a ver... decididamente não é "sobre"... lol

    Tendo os pés bem assentes na terra, acredito que "mais vale prevenir do que remediar", logo digo "sim" ás bolinhas nos CDs e outras coisas que nos possam poupar dores de cabeça se as coisas derem para o torto.

    Mas a ideia era justamente não se partir do princípio que isso vá acontecer e sobretudo não deixar que essa eventual nuvem nos impeça de viver a vida. ;)

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