COM MÚSICA
Acreditem ou não, já ouvi fazer esta pergunta...
Em termos emocionais, certas pessoas parecem estar na vida como se de um concurso se tratasse, encarando o próximo como potencial concorrente.
Concurso de afectos, concurso de popularidade, consciente ou inconscientemente, alguns comparam-se constantemente com terceiros, controlando a sua própria posição numa escala imaginária.
Batalham pelo coração alheio, como se este não fosse um gigantesco órgão, de capacidade quase infinita. Não se parecem dar conta de que é possível gostar simultaneamente de muita gente, de muitas formas. Querem à força lugar num pódio que na realidade não existe.
Estes sentimentos seriam inócuos se não passassem de macaquinhos no sótão de quem deles padece. A questão é que este espírito de rivalidade acaba invariavelmente por levar a antagonismos e animosidades. Como irracional que é, acaba frequentemente por gerar atitudes impensadas, que não trazem proveito a ninguém, inclusive aos “seres amados”.
Assim, é comum que, de uma forma mais ou menos consciente, tentem manipular estes últimos, denegrir os outros aos seus olhos, que exerçam chantagens emocionais, assumam um papel de vítimas, distorçam factos por forma a ficarem melhor na fotografia, etc... Tudo com vista a, de alguma forma, os forçar a escolher, a tomar partidos.
Que bem de tudo isto poderá advir, é o que muitas vezes me pergunto. Que prova de amor daí se retira é outra questão. Só me faz pensar na história do Rei Salomão, propondo cortar a criança ao meio. As nossas inseguranças não deveriam lesar terceiros, muito menos os que são importantes para nós.
A afectividade tem várias vertentes... amorosa, de amizade, familiar, etc. Estas não são exclusivas, não “tiram bocado” umas ás outras.
Em muitos casos, até pertencendo à mesma categoria, podem coexistir pacificamente. Uma mãe pode gostar igualmente de todos os filhos, mesmo que eventualmente o demonstre de formas diferentes.
Assistimos no entanto a pais que se degladiam pelo amor dos filhos. A filhos que fazem o mesmo pelo dos pais. A namorados(as) que não descansam enquanto não afastam o outro dos(as) amigos(as) ou até ás vezes vice-versa. A relações amorosas que não admitem o relacionamento com alguém que tenha estado no seu papel no passado. Etc, etc, etc...
A realidade é que só ganhariam se vivessem em harmonia, se compreendessem que há lugar para todos.
Quem já assistiu ao jogo infame de dois pais em luta pelo amor de uma criança, terá noção do efeito devastador que pode ter, das sequelas que pode deixar.
Os adultos são mais resilientes, têm mais capacidade de encaixe, mais noção de que na vida nem tudo corre como gostaríamos. Não deixam por isso de ser afectados, de sofrer com estas guerras, de ver o seu mundo virar-se de pernas para o ar, de se sentir entre a espada e a parede.
Cada um de nós tem o seu papel na vida alheia. O seu papel presente, a sua função, a sua importância e estes não anulam os dos outros, reforçam-nos. As pessoas providas de inteligência emocional conseguem interiorizar isto e aliam-se em prol do bem comum, as outras fazem-se frente e dividem-se. São as que não conseguem compreender que é a união que faz a força, não o conflito.
Em termos emocionais, certas pessoas parecem estar na vida como se de um concurso se tratasse, encarando o próximo como potencial concorrente.
Concurso de afectos, concurso de popularidade, consciente ou inconscientemente, alguns comparam-se constantemente com terceiros, controlando a sua própria posição numa escala imaginária.
Batalham pelo coração alheio, como se este não fosse um gigantesco órgão, de capacidade quase infinita. Não se parecem dar conta de que é possível gostar simultaneamente de muita gente, de muitas formas. Querem à força lugar num pódio que na realidade não existe.
Estes sentimentos seriam inócuos se não passassem de macaquinhos no sótão de quem deles padece. A questão é que este espírito de rivalidade acaba invariavelmente por levar a antagonismos e animosidades. Como irracional que é, acaba frequentemente por gerar atitudes impensadas, que não trazem proveito a ninguém, inclusive aos “seres amados”.
Assim, é comum que, de uma forma mais ou menos consciente, tentem manipular estes últimos, denegrir os outros aos seus olhos, que exerçam chantagens emocionais, assumam um papel de vítimas, distorçam factos por forma a ficarem melhor na fotografia, etc... Tudo com vista a, de alguma forma, os forçar a escolher, a tomar partidos.
Que bem de tudo isto poderá advir, é o que muitas vezes me pergunto. Que prova de amor daí se retira é outra questão. Só me faz pensar na história do Rei Salomão, propondo cortar a criança ao meio. As nossas inseguranças não deveriam lesar terceiros, muito menos os que são importantes para nós.
A afectividade tem várias vertentes... amorosa, de amizade, familiar, etc. Estas não são exclusivas, não “tiram bocado” umas ás outras.
Em muitos casos, até pertencendo à mesma categoria, podem coexistir pacificamente. Uma mãe pode gostar igualmente de todos os filhos, mesmo que eventualmente o demonstre de formas diferentes.
Assistimos no entanto a pais que se degladiam pelo amor dos filhos. A filhos que fazem o mesmo pelo dos pais. A namorados(as) que não descansam enquanto não afastam o outro dos(as) amigos(as) ou até ás vezes vice-versa. A relações amorosas que não admitem o relacionamento com alguém que tenha estado no seu papel no passado. Etc, etc, etc...
A realidade é que só ganhariam se vivessem em harmonia, se compreendessem que há lugar para todos.
Quem já assistiu ao jogo infame de dois pais em luta pelo amor de uma criança, terá noção do efeito devastador que pode ter, das sequelas que pode deixar.
Os adultos são mais resilientes, têm mais capacidade de encaixe, mais noção de que na vida nem tudo corre como gostaríamos. Não deixam por isso de ser afectados, de sofrer com estas guerras, de ver o seu mundo virar-se de pernas para o ar, de se sentir entre a espada e a parede.
Cada um de nós tem o seu papel na vida alheia. O seu papel presente, a sua função, a sua importância e estes não anulam os dos outros, reforçam-nos. As pessoas providas de inteligência emocional conseguem interiorizar isto e aliam-se em prol do bem comum, as outras fazem-se frente e dividem-se. São as que não conseguem compreender que é a união que faz a força, não o conflito.
"Uma mãe pode gostar igualmente de todos os filhos, mesmo que eventualmente o demonstre de formas diferentes."
ResponderEliminarHá muito mas mesmo muito para dissecar nesta frase... O_o
Força... ;)
ResponderEliminarE os que se movimentam no reino da Alienação Parental que sem pergunta dão lugar ao gesto desimulado?! telefone desligado, campainha sem tocar e por aí fora.
ResponderEliminarHein?!
ResponderEliminarlol
Estou, exactamente, como diz o NunoF "Há muito mas mesmo muito para dissecar", acrescento, neste tema.
ResponderEliminarTipo "je dirais même plus..."
ResponderEliminarDupont & Dupont ?!
;)
Olha, pronto, fala-se de mães e de vários filhos e eu acho logo que posso opinar.
ResponderEliminarUma mãe não pode gostar igualmente de todos os filhos. Uma mãe GOSTA igualmente de todos. Não tem hipótese, não tem escolha, e pode ter dois, quatro ou dez, que gosta sempre com a mesma força doida. É como ter só um, a gente gosta deles todos como se fossem só um. É como te perguntarem de qual dos dedos gostas mais.
Acontece é que a vida não gosta de todos por igual. E dá oportunidades a uns e castigos injustos a outros que nós não conseguimos equacionar enquanto pais e mães. E depois protegemos mais os que são mais desfavorecidos. E toda a gente confunde isso com preferência ou mais amor, até os outros filhos.
Eu levei muito tempo a perceber isto. Tive que ser mãe daquela gente toda e tive que ter uma filha menos favorecida a uma dada altura da vida dela para perceber.
Mas já percebi. É só isso. Matemática, lei da compensação, equações do coração.
"As pessoas providas de inteligência emocional conseguem interiorizar isto e aliam-se em prol do bem comum", subscrevo o mais possível.
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