terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vaquinhas... Muuu

COM MÚSICA




Sou daquelas pessoas (quase) completamente rendidas ás “Maçãzinhas roídas”, como lhes chamava o meu pai. Se há coisas que me dão genuinamente gozo são os is… o iPod, o iPhone, o iPad…
Claro que poderia comprar qualquer um destes gadgets, absolutamente indispensáveis à vida de qualquer ser humano, se abdicasse de alguma coisa menos importante, como por exemplo pagar o empréstimo da casa.

Felizmente, tanto no meu grupo de amigos, como na minha família, somos fervorosos adeptos das Vaquinhas.
Cá em casa reunimos em conselho familiar e os três decidimos que a próxima seria para o tão desejado brinquedo, demorasse o tempo que demorasse.  Assim, esta começou no Natal. Tendo-se decidido em quase todas as “frentes natalícias” que "prendas só para as crianças", o Pedro foi o que “doou” mais para a causa. Depois, nos meus anos, a contribuição foi de tal forma entusiasta e tanta gente aderiu (Brigadaaaa... mais uma vez, a todos!!!), que já temos suficiente para o comprar. Mas estávamos dispostos a esperar calmamente até ao Natal que vem, se fosse preciso.

A nossa televisão foi “adquirida” nos mesmos moldes… e o nosso conjunto de pratos, lindo, lindo, do Ikea. E mais coisas de que não me recordo agora assim de repente.
Não me incomoda nada sugerir uma vaquinha para alguma coisa que não posso comprar mas gostaria muito de ter.
Neste mundo dos habitués das vaquinhas, já foram oferecidos berços, iPods, câmaras fotográficas, um serviço de talheres, etc…

Há sempre pessoas que insistem em oferecer alguma coisa nas ocasiões festivas. Várias pessoas… ás vezes muitas pessoas. Muitas pessoas que vão oferecer muitas coisas. Ás vezes coisas giras, ás vezes coisas úteis, ás vezes coisas que nos perguntamos o que lhes terá passado pela cabeça… lol
Mas muito raramente, até porque cada um por si seria difícil, aquilo que nós realmente queremos.

As vaquinhas são, para além disso, uma coisa bonita porque mostram como a “união faz a força”. Porque são a prova demonstrada de que organização aliada à generosidade faz milagres. 
Assim, aconselho-as vivamente.

Se é uma ocasião em que saibam de antemão que determinadas pessoas lhes irão dar prendas, se lhes perguntarem o que gostariam de receber, não se acanhem, não tenham vergonha de pedir…
Esta vida anda tão dura que sabe bem satisfazer um capricho de vez em quando, para variar das despesas que não temos outra hipótese senão fazer para sobreviver.
Se  for uma vaquinha “familiar”, melhor ainda. Pessoalmente acho uma excelente experiência uma criança abdicar de um punhado de prendas, para participar na compra de alguma coisa que nem sequer é exclusivamente para si. Desenvolve o espírito de grupo, a partilha e sobretudo permite-lhes compreender que as coisas não caem do céu.

E se estiverem do outro lado, não tenham pruridos em organizar.
Pensem no que o outro precisa ou poderia gostar de ter e, se não saltar imediatamente alguma coisa específica á vista, ofereçam vales. Gosta de livros, de filmes, de tecnologia? Ofereçam-lhe um vale Fnac. Adora trapos? Um vale de uma loja de roupa. Precisa de coisas para a casa? Um vale Ikea. É uma criança? Um vale do Toys R Us. Hoje em dia quase todas as lojas têm vales. Imaginem o babanço… uma “carteira” com dinheiro que não é deles, para gastar irresponsavelmente no que lhes apetecer. :)))
Ás vezes temos a sorte de descobrir “a prenda perfeita” para alguém, pessoalmente poucas coisas me dão mais prazer, infelizmente nem sempre é o caso. Pergunte-se então quem conhece melhor os desejos do outro, ele ou você?!  Pergunte-se se aquilo que lhe estava eventualmente a pensar dar lhe poderá efectivamente dar mais prazer do que algo que pudesse escolher sozinho.
Junte-se a outros para oferecer uma “prenda de peso”, em vez de “qualquer coisinha”. Imagine a satisfação de  pensar, “eu dei-lhe aquela prendaça”. Não deu sozinho, é certo, mas sabe igual, participou, é o que interessa.

E ainda relativamente ao dar, só mais uma dicazinha… Há muito o hábito, quando se entra nesta coisa das vaquinhas, de se dividir “o bolo” em partes iguais. O que interessa isso?! Quem recebe não irá saber com quanto cada um contribuiu e para alguns 5€ podem pesar tanto ao fim do mês como para outros 50€. Mas grão a grão enche a galinha o papo e várias pequenas contribuições contam tanto como uma grande. E em absoluto, o que conta é a intenção, certo?!

E já agora, aproveitando a deixa, pensem no que esta união pode fazer por causas verdadeiramente importantes e contribuam para uma que outra de vez em quando… ;)












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