Não consigo entender a importância que assume o futebol na vida de algumas pessoas, confesso, o fanatismo clubista mexe-me um bocadinho com os nervos.
Não gosto de futebol mas AMO o meu país, o meu povo, de corpo e alma, do fundo do coração, com todos os seus defeitos e qualidades!!!
Como tal, não perco um jogo da nossa selecção. ;)
Este Euro despertou o melhor e o pior que há em mim…
Comecei por lhe assistir de uma forma cool, sentadinha no sofá a fazer tricô, levantando os olhos quando começava a haver agitação à minha volta.
A postura dégueulasse dos franceses em relação a nós, durante todo o campeonato, arrancou-me ao meu torpor e pôs-me a torcer fervorosamente, não só para ganharmos, como sobretudo para eles perderem. Desejei que nos encontrássemos na final, para lhes enfiarmos a arrogância num sítio que eu cá sei, de preferência sem vaselina.
A França fez parte da minha vida desde muito cedo. Vivi lá, fiz os meus estudos no Charles Lepierre, estive “casada” com um francês…
Sei a marselhesa de ponta a ponta (o que não é nitidamente o caso dos jogadores deles…), que considero um dos hinos mais bonitos do mundo e não consigo deixar de me emocionar de cada vez que a oiço cantada no bar do Casablanca. Os meus cantores preferidos são franceses (ou pelo menos francófonos); o Georges Brassens, o Jacques Brel, o Serge Gainsbourg, entre outros. A minha BD favorita é a franco-belga. Adoro os seus queijos, as suas saladas, a sua culinária em geral. Paris é uma cidade magnífica de que gosto muito.
Enfim, era perfeitamente menina para também ficar contente com uma vitória deles; “que ganhe o melhor”…
Demonstraram no entanto de tal arrogância, imodéstia, ordinarice, má fé, mau perder, que não sei sequer como é possível alguém estar do seu lado.
Já tinham um autocarro todo preparadinho para a vitória?! Ohhhh, que penaaa… lá vai ele com o tubinho de escape entre as rodas, tadinho...
Nós por cá festejamos, felizes e unidos.
Foi um jogo bonito, emocionante, até para quem não gosta de futebol.
Cometemos uma que outra infracção e tivemos alguns golpes de sorte?! Pois naturalmente que sim, apontem-me um jogo sem eles.
Ganhámos no entanto sem jogo sujo (contrariamente ao de alguns), sem o nosso menino de ouro e sabemos fazê-lo com humanidade e elegância.
Ganda galo, hein, ó francius?! :)
Obrigada «irredutiveis gauleses» (hahaha) por unirem desta forma a nossa nação valente, uma victória contra a Alemanha não teria garantidamente o mesmo sabor!!!
COM MUSICA
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