Só mais um pequeno truque, que pode de facto parecer uma verdade de LaPalisse, mas que garanto contribui muitíssimo para a minha felicidade...
As pessoas têm naturalmente tendência para se queixarem do que não têm ou do que lhes corre mal... Também o faço, como toda a gente... Mas...
Acreditem ou não, faço muito mais o contrário...
Quando olho para o meu filho, penso na sorte que tenho, para começar em o ter (o meu piqueno milagre : ), depois em que seja saudável, tão emocionalmente inteligente, tão bonito (não sei a quem sai), tão meigo... Babo-me todos os dias.
Depois de tantas relações que foram ao buraco, cada uma pela sua razão, encontrei o Zé. Que bom... Já lá vão mais de sete anos, record absoluto até á data. Encaixamos tão bem (como disse o amigo Carlos; "o importante é sentires Cristo dentro de ti". LOL), temos uma relação tão forte, tão amiga, tão serena...
A minha família tem algumas maçãs podres, como todas as famílias, mas bolas, as sãs são mesmo fantásticas... Como todos se entre-ajudam, como é forte o espírito de clã, para o melhor e para o pior, um por todos e todos por um, nem todas as famílias se podem gabar do mesmo.
Os meus amigos... como tenho amigos com A grande... como me apoiam, como me mimam, como me aturam... e não é fácil.
É raro o dia em que entre em casa e não pense em como é bonita, em como me sinto cá bem. Olho para as coisas, para os objectos, para a decoração, para as divisões, como se fosse a primeira vez e volto a aprovar a escolha.
Quando guio o meu Pagero velhinho ás vezes até dou festinhas no volante, "gosto tanto deste carrinho, é mesmo agradável de conduzir... e como se tem aguentado bem ao longo dos anos... boa compra que fiz... estou mesmo contente"... tenho o carro vai para dez anos.
Para que fique bem claro este post não é uma listagem das coisas boas da minha vida... Não me dêem os parabéns nem me digam outra vez como ficam contentes em saber que sou feliz... O que acabaram de ler são só EXEMPLOS de coisas que penso regularmente, diria quase que todos os dias, que me vêm constantemente à cabeça...
Ou seja, penso muito mais vezes nas coisas boas que tenho do que nas que não tenho.
Por exemplo, há já uns anos que andamos a viver com uma mão à frente e outra atrás. Como se costuma dizer "não temos dinheiro para mandar cantar um cego". Entre a crise e a nossa aparente incapacidade para gerar dinheiro que se veja, venha o diabo e escolha... Não é fácil. A nossa vida, o nosso dia a dia mudaram radicalmente por causa disso. Tudo o que se faz custa dinheiro, ir ao cinema, jantar fora, beber um café, ir de fim de semana, convidar pessoas para jantar... a sensação que temos é de que respirar custa dinheiro, dinheiro que não temos. Todos os fins de mês são uma angústia...
E no entanto...
Temos tantas coisas boas, pessoas que nos convidam para os mais variados programas, que nos dão prendas, que nos vêm visitar quando Maomé não pode ir à montanha. Adaptámos a nossa vida à falta de dinheiro (o que não quer dizer que não estejamos a lutar para que "a crise" acabe de vez...) e vivemos bem com isso.
Não vamos ao cinema... não faz mal, vemos os mesmos filmes em casa (ás vezes até antes de estrearem...) e não temos de gramar com as pipocas...
O meu pai morreu... faz-me tanta falta... tenho tantas saudades... mas... morreu "bem", estava ainda operacional, trabalhava, era independente, tinha qualidade de vida... morreu rápido, sem grande sofrimento, entre amigos, teve uma vida boa... todos temos de morrer um dia...
Enfim... onde estou a querer chegar é a que passo muito mais tempo a pensar nas coisas boas que tenho na vida, nas coisas boas que me acontecem, do que nas más.
As más vou-as deixando uma a uma para trás das costas e se possível não volto a pensar nelas a não ser que seja útil para alguma coisa.
Perdi dinheiro num negócio? Azarete, para a próxima há que ter mais cuidado.
Não pude alinhar em algum programa porque não temos guito? Paciência, melhores dias virão...
O Zé lixou o joelho, esteve o que pareceu uma eternidade de perna ao peito , tendo de ser operado, fazer fisioterapia? Foi uma fase difícil pra caraças... Soma e segue, já passou...
As coisas boas não... passo literalmente a vida a "olhar" para elas... que lindo que é o meu menino, que simpática que é a minha casinha, que fantásticos que são os meus amigos, que momentos bons passei eu com o meu pai, que sorte que eu tenho...
E, a realidade é que, cá dentro, isto acaba por se traduzir em "que boa que é a vida"...
Perceberam alguma coisa do que queria dizer? : (
Hope so...
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
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Tás a ver tás a ver...
ResponderEliminarJá estás a ensinar algo de util a muita gente!!!
Não acabes com o blogue.... eu sou uma leitora assidua, até pq trabalho frente a um PC... por isso de quando em vez, venho cá... confesso que não sou muito participativa, mas devias por aqui uma daquelas merdas que se vê noutros sites que dá para ver os acessos ao blogue.
Anyhow basicamente o que tu falas neste post tem a ver muito com aquilo que te falei (já não te deves lembrar) mas chama-se programação neuro-linguística, ou antes PNL, que se traduz num conjunto de tecnicas (ao principio parece um bocado tanga, mas no longo prazo têm um efeito poderosisssimo em nós) elaboradas pelo Sir Anthony Robbins (adiante designado por Tony) que começaram para motivar equipas de trabalho, não como os comuns teambuilding, mas partindo da premissa que se o colaborador é uma pessoa feliz então irá produzir mais. As tradicionais tecnicas de aumento da produtividade empresarial utilizavam muito um esquema de motivações que passavam por criar condições agradáveis aos colaboradores e passavam muitas vezes por aumentos de ordenado, ou atribuição de prémios etc. o Tony elaborou um esquema que ensina as pessoas a serem felizes, e por serem felizes vão ser mais produtivas. É esta a premissa: se uma pessoa é feliz então será lógico que vai produzir mais e melhor. O que se tem de trabalhar é a felicidade que passa imenso pela autoestima e não tanto com o facto de ser ter dinheiro para jantares/férias etc.
A «brilhante» conclusão é que és uma pesssoa com a autoestima elevada! FIXE!
É lógico que o PNL não é uma formula mágica, e que tem muito a ver com a predisposição de quem está a aprender as técnicas para as por ou não em prática... enfim...
Posto isto: não acabes com o blogue pleeeeeeeeeeeeeeease!!!!
MIL KISSES
Priminha,
ResponderEliminarNem parece teu esse sentimento de querer desistir e abandonar as adversidades, num qualquer momento de maior tristeza ou xateação... Era bom que as coisas fossem todas um mar de rosas e que tudo corresse pelo melhor. Mas aí tb não tinhas abraçado estas aventuras com o entusiasmo que te reconhecemos nem com a força que nos costumas transmitir. Vai em frente, sabes que continuas a ter-nos como muletas nos momentos de maior aperto e necessidade. jinhos, Jorge
Snif... Sinto-me tão incompreendida...
ResponderEliminarJá começo mesmo a pôr em causa se não sou eu que não me entendo a mim própria...
Não, não, não... na minha cabeça o acabar com o Blog (o que já não vou fazer tão cedo porque tenho já mais posts em carteira...)nunca foi uma atitude derrotista!!! Nem o ia fazer com qualquer tipo de tristeza...
Na pior das hipóteses a minha atitude poderá ser catalogada de "preguiçosa" ou mesmo de "egoísta" por não me dar ao trabalho de partilhar merdas que eu acredito que funcionam...
Mas entendam-me de uma vez por todas: eu estava convencidíssima que ninguém cá vinha!!!
Quem tiver pachorra para escrever para o boneco, que atire a primeira pedra!
Se de facto fosse assim mais valia escrever um diário, não? Eu não sabia que era lida... Atitudes umbilicais prefiro tê-las em privado.
Grunf, grunf, grunf...
Pronto, não se fala mais nisso... já passou... vou continuar a escrever "prontos"...
De qualquer maneira, devo dizer que o vosso apoio neste blog só demonstra as coisas que eu vou escrevendo: OBRIGADA! ; )