terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...

Este fim de semana fui "acusada" de ser basicamente uma merdosa relativamente a este Blog...
"Acusaram-me" também de poder fazer melhor.
Quanto a esta última "acusação", não percebi sinceramente o que queria dizer especificamente, mas levando a coisa à letra, acreditem, não posso, estou a dar o que posso...
No que respeita à primeira julgo ter percebido, embora possa obviamente estar enganada. Penso que se referia ao facto de eu não criar polémicas, não manter um blog que gera "discussão", não apele à participação.
Sorry, não era essa a intenção.
A ideia sempre foi de simplesmente partilhar determinadas coisas que me ajudam a viver melhor, na esperança de que isso possa eventualmente de facto ajudar alguém. Se as pessoas acharem que têm alguma coisa a dizer sobre os assuntos, mesmo que discordem de mim, são bem vindos os comentários, mas não espero reacção ao que digo.
Aliás, as reacções que espero provocar não implicam comentários... o que digo tem mais relevância se for analisado, adaptado e aplicado do que se for discutido...

Vou então(e não, isto embora possa parecer, não é uma "reacção" aos comentários do fim de semana, já tinha previsto este post ...) entrar naquilo de que gostaria de falar hoje.

Todos temos as nossas características, as nossas crenças, as nossas convicções, as nossas opiniões, os nossos hábitos, etc...
Acontece que, resolvi assumir como "um problema" a imposição obsessiva de certas dessas características a terceiros.
Notem que quem diz características diz também pancas momentâneas...
Ou seja, não acho que os outros tenham de estar sempre a "levar connosco". Se abusarmos, torna-se incomodativo numa vivência "em sociedade".

Eu particularmente, julgo eu mas posso estar enganada, enquadro-me melhor na categoria da "panca momentânea"...
Quando embico num sentido sou um verdadeiro bulldog. Se estou obcecada por alguma coisa, um acontecimento próximo, futuro ou passado, uma nova paixão (e não necessariamente no sentido carnal...) , uma nova aquisição (e não necessariamente no sentido material), um novo Blog sei lá (LOLOLOLOLOLOL) ... sou uma verdadeira CHATA!!!

Pronto, já assumi, levem lá a bicicleta...

Acontece que, como aliás acontece a maior parte das vezes, é muito mais fácil detectar "o problema" nos outros, simplesmente porque, em vez de sermos os chatos, nesse caso somos os chateados, o que é... muito mais chato.

Se eu estiver certa no meu julgamento sobre mim própria tenho no entanto sorte, é que só sou chata ás vezes, pontualmente, durante um certo período de tempo... quer dizer, no que diz respeito ao assunto de que estou a falar, claro.
E mesmo assim é lixado de controlar... muitas vezes nem me dou conta de que estou a ser chata. Para dizer a verdade, até há bem pouco tempo nem me dava conta de que isso poderia estar a acontecer.
Agora tento controlar-me, mas acreditem, por muito que não seja agradável de ouvir, ajuda imenso quando me chamam a atenção para o facto. Não há nada pior do que apanhar um revirar de olhos (mesmo que metaforicamente falando...) nas nossas costas.

No que diz respeito aos "chatos crónicos" posso dar alguns exemplos do que estou a falar, pedindo desde já desculpa a quem eventualmente se identifique, mas na minha humilde opinião, é um defeito sim...

Há, por exemplo, os que obcecam com a ecologia.
O dia a dia deles é uma angústia ecológica.
Passam o tempo a "poupar recursos", a tentar perceber como podem ser "bons cidadãos do mundo", salvadores do planeta...
Não aceitam que os outros possam não estar ainda "no mesmo nível"...
Olham por cima do nosso ombro para ver se não estamos a gastar demasiada água, apagam-nos as luzes, dão-nos "ralhetes verdes", conduzem constantemente as conversas "sociais" para a degradação do planeta, a poluição, a falta de recursos... indignam-se com o desperdício que são milhões, biliões, de leads acesos todos os dias nas televisões, nos telefones portáteis, ali a piscar ás vezes, a gastar energia...
Ok, eu compreendo que em macro-economia faça diferença, mas... para quê que serve ter um sobressalto de cada vez que se vê uma micro-luzinha vermelha num electrodoméstico? Podemos desliga-la? Vamos convencer o fabricante a tira-la o aparelho? Por mencionarmos o facto de cada vez que vemos uma vamos convencer o resto do mundo a fazer pressão para que isso acabe? Bah...

Também os há que não largam a política por um segundo. Que não falam de outra coisa. Que qualquer tema que se aborde vai sempre parar aos cabrões dos políticos, à máfia do governo, aos corruptos, aos idiotas dos verdes, dos vermelhos, dos azuis... Uma pessoa ás tantas até já tem medo de comentar que está um dia lindo.
Não vejo mal nenhum em ter opiniões sérias e convictas em termos políticos, mas... será que, mais uma vez, é absolutamente necessário estar sempre a mencionar como as coisas "estão mal"? Será que não gera um clima de ansiedade perfeitamente desnecessário?

Podia dar mais exemplos, religiosos, desportivos, etc... mas acho que já chega...

Resumindo, cada um de nós tem (definitiva ou pontualmente) a cabeça virada para algum lado, mas não precisamos de impor essa "obsessão" aos outros. Torna-mo-nos pesados. Não é grave, mas estraga ás vezes o que poderiam ser "ainda melhores momentos" juntos...

Bjs
C

2 comentários:

  1. 1) Acho indecente que se diga mal dos políticos. Político é fixe. Quando fôr grande quero trabalhar com um deles.

    2) Falando mais a sério, compreendo perfeitamente a opinião da menina de não impor obsessões aos outros. Por exemplo, eu tenho sido muito discreto nas minhas obsessões por petúnias e pela estrela Aldebaran.

    3) Acho que o blog está a desviar-se do tema principal: prometeram-me receitas de culinária, e nem vê-las...

    4) Obviamente que estes comentários idiotas da minha parte só servem para inflacionar as estatísticas do blog e para que o último post não fique sem resposta (e também porque finalmente tive tempo para ler alguma coisa).
    Ou seja, Cristina, keep up the good work.

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  2. Sim, provavelmente por isso e

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