segunda-feira, 2 de março de 2009

Cada macaco no seu galho

COM MÚSICA

Recentemente afirmaram não compreender como podia eu dar-me com certas e determinadas pessoas…
Também recentemente, fui “acusada” de andar sempre “á procura” de amigos novos… (du calme, Joe, du calme… não vou cascar em ti… lol).

Ora bem, malta… já repararam por acaso que vivemos num mundo cheio de gente?!
E já se deram conta de que, a menos que nos tornemos eremitas, temos obrigatóriamente de nos relacionar com terceiros de uma forma ou de outra?
Pois é… quer queiras, quer não, hás de ser bombeiro voluntário… lol
Para além disso acontece que eu gosto de gente!
Os relacionamentos dão-me gozo, divertem-me, enriquecem-me…

Gosto de novos, de velhos, de altos, de baixos, de gordos, de magros… acho que cada um tem potencialmente qualquer coisa positiva a trazer à minha vida.
Agora, meus amigos… há que separar o trigo do joio… as relações não são, nem podem ser, todas iguais.
Como se costuma dizer… cada macaco no seu galho.




Os relacionamentos entre seres humanos baseiam-se em vários factores… empatia, partilha de gostos, de ideias, de crenças, de formas de ver a vida… yada, yada, yada.
As amizades não se procuram… acontecem.
Só que não acontecem obrigatoriamente, não é pelo facto de nos darmos com alguém que nos vamos tornar seu amigo.
Existem vários tipos, vários graus de relacionamento e não é por isso que uns são menos válidos do que os outros.

Claro que os mais importantes, os mais gratificantes, são as amizades, sem dúvida.
O que não quer dizer que devamos menosprezar todos os outros…
Até porque as amizades não “nascem” amizades… as amizades vão crescendo, constroem-se, alimentam-se, mantêm-se. O tempo é um factor importante para nos afirmarmos amigo de alguém…
Os amigos, antes de serem amigos, são “conhecidos”, nem todos os “marcassins” viram javali, eventualmente um dia dá-se um clic.
Não há espaço, para se ter muitos amigos… espaço físico, espaço temporal, espaço emocional.

Mas nem só de pão vive o homem… e todos os relacionamentos acabam por ter a sua importância, só é preciso saber com o que contar. É uma questão de espectativas…
Não é necessário ser-se amigo do peito para se passar bons momentos com alguém.
Acho no entanto que as pessoas tendem ás vezes a baralhar um bocado as coisas…
Há características, que serão diferentes para cada um de nós, que nos impedem de desenvolver uma verdadeira amizade. Consciente ou inconscientemente todos temos os nossos “standarts”.
Isto não quer dizer que não seja possível o cãobibio, e muitas vezes um cãobibio agradável, com malta relativamente à qual sabemos de antemão que muito provavelmente não irá nunca passar disso mesmo.

Não me vejo a ir jantar em tête a tête com certas pessoas, não sei o que teria para lhes dizer, mas a sua presença num “evento” de grupo pode ser agradável, divertida, whatever…
Noutros casos até será possível o tal jantar, sem que isso implique um relacionamento mais profundo.
Há também aquelas pessoas de quem podemos até gostar muito, com as quais sentimos uma verdadeira empatia, mas com as quais, por circunstâncias da vida, nunca iremos desenvolver uma verdadeira amizade.
Ou aquelas por quem não dávamos nada e que se vêm a revelar verdadeiros amigos.
Enfim… estão a ver a ideia…

Ou seja, já que vivemos em sociedade, numa sociedade onde coabita todo o tipo de gente, desde que não nos sejam francamente desagradáveis porque não usar de um bocadinho de tolerância para com aqueles que consideramos “menos perfeitos” (agora estou a soar como o meu tótó “a minha Aninha não te adora”…lol)…
Até pode ser que nos sirva de treino para nos tornarmos menos exigentes para com os outros, aquelas unhas da nossa carne, para com quem de vez em quando somos tão implacáveis.

Ás vezes, onde menos se espera, encontram-se verdadeiros tesouros… tesouros de experiência, de maus exemplos (lol) a não seguir, de bondade, de sentido de humor, do que vocês quiserem… e se nos mantivermos fechados na nossa conchinha nunca os iremos descobrir. Por outro lado, quanto mais fecharmos o nosso leque, mais exigentes e intolerantes nos iremos tornar e talvez um dia acabemos por já nem ter opção de escolha, acabaremos por afastar toda a gente da nossa vida.

Não, não tenho qualquer “medo de ficar sozinha”, porque ficar sozinho ou não está nas nossas mãos, é uma opção nossa, depende da nossa atitude perante a vida, da nossa atitude perante os outros. E por que raio é que eu escolheria ficar sozinha com tanta gente interessante, enriquecedora, divertida aí ao virar da esquina?!
Ó messa… ;)

8 comentários:

  1. Como já o disseste, num outro post, há muitos tipos de amizades. Dependem daquilo que os outros têm ou estão dispostos a dar-nos e do que nós queremos e estamos dispostos a dar.

    Mas ele há um enorme leque e pessoas deveras surpreendentes ;)))

    ResponderEliminar
  2. "Recentemente afirmaram não compreender como podia eu dar-me com certas e determinadas pessoas…"

    Ah... contigo também?
    Muito gosto eu de ouvir dizer essa frase. Aliás acho que gosto de ouvir qualquer frase começada por: "Não compreendo como podes...", a menos que seja atirar setas à avó, gamar as esmolas do cego, ou coisa assim.
    Dependendo de quem a diz, e que frequentemente é alguém que "assume a defesa do incompreendido", defesa essa não solicitada, dá-me logo para compreender eu, pelo meu lado, alguns sentimentos mais aceitáveis ou menos, que se manifestam indiscretamente sob a capa da incompreensão. É sempre revelador, basta prestar atenção. Não quero dizer que haja má fé, normalmente até não há, mas lá que é revelador... Daqui não saio.

    E isso de andares sempre à procura de novos conhecimentos/ amigos...
    Franchement Cristine... Isso são coisas que se façam? Já pensaste bem ao que isso te pode levar? Passar-te-à pela cabeça que o teu coraçãozinho chega para todos? Julgas que o teu afecto, ou mesmo o mero interesse nas e pelas pessoas, pode ser desmesurado, infinito?
    Sensato é escolhermos a nossa mão cheia de amigos e cingirmo-nos a eles; murar bem alto o nosso territóriozinho, accionar os alarmes e viver em alerta constante. Os medos existem para nos defender, como a dor: denunciam os perigos.
    Mais alto, mais longe, mais forte, mais Conhecimento, mais Experiencia, mais gente? Para quê? Só se vive uma vez (pelo menos de cada vez, digo eu...) onde queres tu chegar?
    Ora vê se te fazes uma mulher madura, chata e prevenida. Encosta mas é a barriguinha ao fogão e faz bolhinhos para os teus verdadeiros amigos. O mundo lá fora que se lixe.
    Que mania a tua de que o mundo é interessante e os seres humanos enriquecedores na sua diversidade e vivência.
    Menina vê se cresces
    ................... e se lá chegares, ao sítio dos crescidos, conta-me como é.

    ResponderEliminar
  3. Cris, desculpa responder a um comentário ao teu post, mas gostei desta visão e como nunca me tinha ocorrido...

    Alex, nisto sou um bocadinho como a Cristina, mas talvez de uma forma diferente… quanto mais conhecemos pessoas, mais surpresas podemos encontrar, boas, más? Há de tudo. Depois, este conhecimento pode servir também, para valorizar ainda mais o que já tínhamos, ou para alargar horizontes… mas são sempre grandes mais-valias.

    ResponderEliminar
  4. MAC !!!

    Ai m´lhéri, estamos mesmo a precisar de beber um copo da mesma garrafa...

    Não me passou pela cabeça que pudesse ser levada a sério.
    A minha alcunha na faculdade era o "sempre em festa", porque gosto de Pessoas, porque acho que cada um é como cada qual e ninguém tem nada com isso. Faço, diariamente um bom esforço para não "julgar" quem não conheço, para aceitar as pessoas e a Vida como ela vem. Levo muito poucas coisas a sério (e, às vezes, o resultado é este).

    Especialissima Mac, vou pedir-te um favorzito: lê lá a coisa outra vez mas antes encharca-a bem em ironia - a bem de que possamos vir a jantar sem que eu esteja preocupada em provar por A + B que não tenho alergias a seres humanos nem a novas relações.
    E toma lá um abraço rechonchudo para começar.

    ResponderEliminar
  5. Hehe! Já calculava, era só para confirmar!

    A linguagem escrita é tramadinha, ou andamos a encher de símbolos, a modos que, para o piroso ;) :) :))) :( e quejandos, ou obrigam-nos a constantes esclarecimentos (estou a escrever isto e a sorrir de orelha a orelha)

    Grandes beijas

    P.S. E venha de lá essa garrafa, que parece estar para breve. FINALMENTE!

    ResponderEliminar
  6. hehehehehe olá MAC e Alex... sem vos conhecer já me estou a encaixar no vosso galho LOL CALMA não vos tou a chamar macacos, masssssss as alturas fascinam-me ;)

    E... (em jeito de ironia - esta é para a MAC) acho que você Cristina já devia ter aprendido, sei lá, que nós não nos devemos dar com quem não é da nossa clase, tá a ver? Você tem a mania de meter conversa com todo o tipo de gente, córror!! E que exemplo vai dar aos piquenos??

    LOLLL

    Beijaassssssssssss

    ResponderEliminar
  7. Aqui de um ramo bem alto, com a visão bastante toldada por uma copa frondosa, confesso que não compreendo é como é que te podes dar com certas e determinadas pessoas que não compreendem como te podes dar com certas e determinadas pessoas.

    ResponderEliminar
  8. estou a ver que és uma autêntica 'amigalomana' e por conseguinte, um oásis num deserto de gente carrancuda e a olhar de soslaio, pelo menos o meu quotidiano está pejado de gente assim

    (parece que tenho de mudar de sítio)

    que bom ver alguém ainda com uma visão positiva das pessoas


    :)

    (e alguém que não tem no blog a porcaria do word verification)

    ResponderEliminar