terça-feira, 30 de junho de 2009

Love Story

COM MÚSICA



Como já mencionei anteriormente neste blog (tendo sido crucificada…lol) não sou uma mulher de paixões…
Não sou mulher de paixões, mas sou mulher de amores e quando isso acontece entrego-me completamente. Não fico dependente… Não me anulo… Não deixo que esse amor me impeça de ser eu mesma, de continuar a ter vida própria… Mas entrego-me, se é bom, entrego-me…

Digo frequentemente, na brincadeira, que o monstrinho é o meu segundo filho… inútil será dizer que é uma forma de expressão… mas é sem dúvida possível fazer um paralelo.
Notem que me refiro evidentemente ao âmago do site e não aos seus membros.

Quando temos um filho, a nossa vida muda drasticamente… assim aconteceu quando o criei.
Não foi um filho programado, não foi um filho desejado, mas foi um filho assumido e fico contente que tenha aparecido na minha vida.
Como todos os filhos, precisa de muita atenção, logo de muito tempo. A nossa vida enriquece por um lado, perdemos alguma disponibilidade para outras coisas por outro, é natural.

Tal como os outros, os de carne e osso, começou muito pequenino e tem vindo a crescer rapidamente.
Um dia, provavelmente, ganhará vontade própria e quererá seguir o seu caminho… c’est la vie. ;)
Mas até que isso aconteça vou-o estruturando, educando, vou cuidando dele com todo o carinho e atenção de que qualquer filho precisa e merece.

Tenho a meu cargo o seu crescimento saudável…
Alimento-o para que se desenvolva forte e sólido, forneço-lhe conteúdos, motivos de interesse.
Arrumo a casa para que não haja confusão, para que lhe seja agradável mover-se pelo seu mundo, para que seja fácil encontrar as coisas essenciais.
Limpo-o para que não haja lixo a acumular-se pelos cantos, para que nada fique simplesmente a poluir, sem função, sem sentido.
Imponho regras para que compreenda os limites, para que não perca as estribeiras, para que o seu espírito não se torne caótico.
Tento incutir-lhe alguma solidariedade, alguma função altruísta, para além do seu próprio umbigo.
Entretenho-o para que não se aborreça, levo-o “a sair”, tento que se divirta e divirto-me com ele.

Também o ensino e apoio. E, tal como os outros pirralhos, ás vezes faz-me a cabeça em água. Volta não volta, esbarra numa dificuldade qualquer e é preciso uma paciência de Jó para o conseguir levar a bom porto. Aí, conta-se até dez, respira-se fundo e calmamente explica-se tudo, como se de uma criança de dois anos se tratasse. Enervar-mo-nos é que não vale a pena.

Á vezes porta-se mal, passa das marcas. Tenho de me zangar, abro os muito os olhos, falo mais alto e dou-lhe um valente sermão, só assim parece ouvir-me. Mas que tenha dado por isso ainda não ficou ressentido comigo e até, de certa forma, parece agradecer a firmeza.

Volta não volta gosta de me desafiar ou talvez simplesmente de implicar comigo, faz parte.
Refila por isto, reclama com aquilo, são os dias de embirração.
Se por alguma razão estou mais fragilizada, quando estou muito cansada por exemplo, leva uma resposta torta, menos simpática.
Se estou num bom dia, consigo não lhe passar cartão, usar o bom senso e o humor para o mandar dar uma volta. Se bem que nem sempre consiga, é a melhor solução, não faz sentido dar-lhe troco, seria atribuir demasiada importância à birrinha.

É capaz, de vez em quando, de dizer coisas cruéis, insensíveis, egoístas, pois tipicamente ás vezes não tem noção do esforço que lhe é dedicado. É normal que assim seja pois muitas coisas não são visíveis, só nós sabemos o que damos de nós próprios.

Da mesma forma ás vezes acha que tudo lhe é devido, que não faço mais do que a minha obrigação. Não tem de todo a noção do que lhe é oferecido de mão beijada.

E, claro está, muitas vezes abusa... sabe que sou uma babaca, um coraçãozinho de manteiga e que me derreto com ele. Faz-me olhinhos de charme e eu derreto-me toda, cedendo a coisas relativamente ás quais já tinha afirmado a minha absoluta inflexibilidade.

Pois é… não é fácil, não… lol
Mas as alegrias que me traz…
(daqui a nada ainda vomito com tanta lamechice… beurk)

Para começar, sinto-o feliz… genuinamente feliz… alguma coisa é mais gratificante?
Parece-me equilibrado, divertido, bem disposto, amigo… lá terá as suas facetas menos sorridentes mas no geral parece-me sólido e consistente, com razão de ser.
Olhar para ele, ver o que lá se passa e sentir a boa onda que transmite enche-me sinceramente de felicidade.

Depois retribui diariamente o que sinto por ele, constantemente de alguma maneira, mostra como gosta de mim e isso eleva-me o ego, enche-me o coração. Não há nada mais quente do que o sentimento de retribuição de um amor como este.
Quer seja por palavras ou por acções, devolve-me tudo aquilo que lhe dou. Mima-me, apaparica-me, faz-me sentir importante, que posso de facto fazer alguma diferença.
Se alguém se pode sentir agradecida, sou sem dúvida eu.

Quando está alegre, contagia-me… quando está triste, sofro com ele… quando tem problemas, preocupo-me. A minha vida perdeu independência do que lá se passa, estamos ligados por um cordão umbilical invisível.
Uma coisa vos garanto, este site tem alma… ;)




3 comentários:

  1. Looooooooooooool! E toda lamechas fiquei eu também a ler estas frases. Obrigada mãezinha!!! :D

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  2. Mas, não me canso de dizer, o site és tu e o resto são batatinhas.

    E tem um ambiente cada vez melhor e mais saudável!

    Parabéns por tudo aquilo que ele é, pelo que tu és!

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