segunda-feira, 26 de abril de 2010

A vida é um jogo II

COM MÚSICA


Já em tempos abordei este tema aqui no blog
Bolas, ando a repetir-me?! lol

Quando se diz que a vida é um jogo muitas pessoas torcem o nariz, como se fosse uma afirmação pejorativa. O jogo é frequentemente associado a ideias como batota, manipulação, competição,  conflito, vício, bancarrota, etc…
Para outros, como o meu grupo de amigos, jogadores “invertebrados”, é uma palavra que põe vários pares de olhos a brilhar… ;) Adoramos jogar!

Os jogos podem ser a dinheiro ou não (nós não jogamos nada a dinheiro), para o caso é perfeitamente irrelevante.

Há basicamente dois tipos de jogos, os de sorte e os de estratégia.
Se bem que, na realidade, os segundos dependem sempre um pouco da primeira.
Diz-se, por exemplo, que o Xadrez não é um jogo de sorte… mentirinha. Para se ganhar é preciso ter a sorte do outro fazer um mau movimento. ;)
Mas, para muitos jogos, a sorte não chega. Podemos ter uma excelente “mão” e perder o jogo se não a soubermos jogar.

Dizem que se jogamos é para ganhar… Também não estou de acordo. Claro que ninguém gosta de perder, embora alguns o saibam fazer com mais elegância do que outros, mas muitos jogam simplesmente pelo prazer de jogar, independentemente do desfecho. Umas vezes ganha-se, outras perde-se, é assim mesmo.

Jogar implica o conhecimento das regras e a mestria da mecânica de jogo. Quanto mais vezes se jogar um jogo mais hipóteses se terá de o ganhar. Claro que não estou a ter em conta a célebre “sorte de principiante”…lol
Implica também a referida estratégia, o ter um objectivo em mente e descobrir como o atingir.


Enfim… tudo o que podemos encontrar num jogo se aplica à vida real, incluindo o factor sorte. Há quem não tenha esta noção, quem não viva consciente de que grande parte do seu “destino” está efectivamente nas suas mãos.
A realidade é que a vida também se aprende e se vai descobrindo aos poucos como jogar cada vez melhor.

Para vos dar um exemplo concreto …
O meu filhote, com os pais que tem, é já também evidentemente um “viciado” em jogos. Do alto dos seus oito aninhos já domina bastante bem muitos deles, inclusivamente alguns supostamente para adultos.
Não lhe damos qualquer “abébia” por ser pequenino, quanto muito simplificamos uma que outra regra.

É difícil ás vezes explicar “as coisas” a uma criança, fazê-los compreender que certas atitudes não irão ter resultados que joguem a seu favor.
Utilizo então o exemplo do jogo para lhe demonstrar certos aspectos da vida.
Explico-lhe que, se não for um parceiro agradável, ninguém quererá jogar com ele. Que é preciso pensar, não basta “atirar cartas para cima da mesa”. Que se analisar as consequências dos seus actos irá aprendendo quais as “jogadas” que mais o favorecem. Que a vida é um jogo de grupo e se não se compenetrar disso acabará a fazer paciências.
Tenho obtido muito bons resultados.

Na vida, tal como no jogo, é preciso dominar muito bem as regras, ter noção do jogo que temos na mão, saber quando arriscar e medir os riscos, alinhavar estratégias, conhecer os parceiros, saber quando e como fazer bluff, usar de fairplay, não fazer batota… mas sobretudo, é preciso gostar de jogar. ;)

3 comentários:

  1. :-)

    http://refugiodaescrita.blogspot.com/2009/04/noutras-ha-que-arriscar-o-mate.html

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  2. porque:

    "Life, unlike chess, continues after a checkmate..."

    Isaac Asimov

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  3. É um jogo sim, ou melhor vários jogos…
    No entanto, e ao contrário da maioria dos jogos, as regras não vêm escritas no papel, diferem muitíssimo consoante os jogadores, o contexto, e evoluem ao longo do tempo…

    É importante conhecermos bem as regras em vigor num dado momento, e sabermos ajustarmo-nos ou, se for caso disso, ajustá-las, sem batota.

    Quando se faz batota pode-se ganhar algo num momento mas perde-se mais no futuro…

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