Há tempos escrevi um post sobre "insistir ou desistir", sobre como saber quando se deve largar mão de alguma coisa... encontro-me agora perante a situação contrária... Tenho de decidir se vou participar num negócio ou não. Tenho de decidir se vou comprometer-me com um modo de vida ou não. Tenho de decidir se estou à altura da situação. Tenho de avaliar a dita situação e a mim própria para decidir se me vou casar com ela.
Não sei o que vou decidir, sinto no entanto o seguinte:
Que da mesma maneira que a felicidade é hoje, a vida também. Que não sei onde vou estar amanhã, se é que vou estar em algum lado. Que a vida é feita de compromissos e que temos de fazer opções. Que temos de ter muito cuidado, nas situações em que nos metemos para não comprometer demasiado o presente em prol do futuro.
O meu filho só é pequenino uma vez (como a minha avó me ensinou a dizer à minha mãe para a chantagear... LOL), quero "estar lá" para ele. É importante para mim fazer ginástica, faz-me sentir saudável, hoje. Não abdico (excepto pontualmente e a título de excepção) dos meus fins de semana, trazem-me equilíbrio. Enfim uma série de outras coisas que colaboram para que num núcleo familiar se possa considerar que se tem qualidade de vida.
Acontece que, quer queiramos quer não, e não vamos voltar à conversa do euromilhões, a realidade é que a nossa qualidade de vida passa obviamente também pelos bens materiais. Ora tirando os casos em que de facto alguém ganha o dito euromilhões ou opcionalmente se casa com um multimilionário nonagenário com um cancro de estado quatro, o dinheiro não cai do céu, é preciso lutar por ele. O empréstimo da casa não se paga sozinho e o supermercado não vende fiado.
Aqui é que a porca torce o rabo... pelo menos para mim, que sei que há malta para quem estas decisões são o menor dos males. Cada um lida melhor com um certo tipo de decisões. Eu por exemplo não tenho problema nenhum em me comprometer emocionalmente com as pessoas. A coisa agrada-me, sinto-me bem, pareço feliz, o outro parece feliz, então vamos em frente. Dá resultado, não dá resultado, depois logo se lida com o isso. Sem experimentar é que nunca iremos saber e não se desperdiça uma potencial oportunidade para ser feliz ao lado de alguém. Neste momento há meia dúzia de idiotas a rir-se de mim e a dizer que com os negócios é exactamente igual. Para mim não é. (como é que se faz um smiley a deitar a língua de fora?)
E já agora só uma nota para quem não me conhece (que segundo o meu inquérito é só uma pessoa) o "idiotas" era carinhoso, até porque a maior parte desses idiotas são os meus melhores amigos...
A realidade é que é preciso escolher muito bem os compromissos que se faz na vida. A diferença entre o meu poder de decisão no que diz respeito a relações versus o mesmo relativamente a trabalho é que com as pessoas eu acredito imenso nos meus instintos enquanto que em relação a trabalho estes são praticamente inexistentes. Dá-me portanto um trabalhão a separar o trigo do joio. Chegar racionalmente à conclusão de que, primeiro estou ou não á altura do recado, segundo os sacrifícios que vou fazer compensam o que vou ganhar com a história.
É que há quem seja "a natural" para o negócio, quem tenha visão, quem tenha garra, quem tenha espírito e sentido comercial, quem seja competitivo. Não é o meu caso, não lido bem com o stress, torno-me numa pessoa pior, para o meu filho, para o meu marido, a minha família, os meus amigos, os meus bichos. Também não reajo bem sob tensão, tenho tendência a tomar as decisões erradas.
Cada um de nós tem a sua forma de viver. Uma amiga minha faz paraquedismo, chutos de adrenalina... eu não tenho qualquer apetência, sou mais sopas e descanso. E notem que não quer dizer que não gostasse de saltar, tenho aliás um salto prometido, não era é capaz de o transformar num hobbie. Sou no entanto capaz de passar horas sentada à frente do computador a escrever posts idiotas ou a compor "livrosdephotos" para oferecer no natal. Ok, pronto, confesso, esta foi publicidade descarada, mas só porque acredito no produto, dá umas prendas fantásticas... (senão acham mesmo que passava horas á frente do computador a compô-los com tanto cuidadinho?)
Dito isto, não quero ser como o tipo da anedota, que tem uma doença fatal e Deus lhe aparece a dizer que o vai salvar. Marcam-lhe uma operação com o melhor cirurgião do mundo da especialidade e ele recusa porque diz que Deus vai salva-lo. Descobrem um remédio milagroso e ele não o toma porque Deus vai salva-lo. Podia estar aqui a tarde toda mas facto é que o homenzinho acaba mesmo por morrer e quando se encontra frente a frente com Deus pergunta-lhe: então não tinhas dito que me ias salvar? Ao que Deus responde: deves estar a gozar comigo... mandei-te o cirurgião, mandei-te o remédio... recusaste tudo, estavas à espera de quê, dum milagre, não?!
Pois... realmente não quero ser como o caramelo...
Mas também não quero ser como aquelas pessoas que estacionam o carro a três quarteirões, no primeiro spot que lhes aparece à frente, só porque têm medo de não arranjar lugar à porta.
Somos nós que fazemos o nosso caminho, como tal é importante que ele seja agradável, em todos os sentidos e tanto quanto possível.
Isto não tem a ver com vidas perfeitas nem com querer ter tudo. Em todas as situações há coisas boas e coisas más, é normal. É preciso manter o equilíbrio da nossa balança interior e saber escolher bem os carreiros e como os queremos palmilhar.
Só quero poder dizer isto quando estiver perante a "cortina final":
And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, Ill say it clear,
Ill state my case, of which Im certain.
Ive lived a life thats full.
Ive traveled each and evry highway;
And more, much more than this,
I did it my way.
Regrets, Ive had a few;
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.
I planned each charted course;
Each careful step along the byway,
But more, much more than this,
I did it my way.
Yes, there were times, Im sure you knew
When I bit off more than I could chew.
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall;
And did it my way.
Ive loved, Ive laughed and cried.
Ive had my fill; my share of losing.
And now, as tears subside,
I find it all so amusing.
To think I did all that;
And may I say - not in a shy way,
No, oh no not me,
I did it my way.
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!
Não sei o que vou decidir, sinto no entanto o seguinte:
Que da mesma maneira que a felicidade é hoje, a vida também. Que não sei onde vou estar amanhã, se é que vou estar em algum lado. Que a vida é feita de compromissos e que temos de fazer opções. Que temos de ter muito cuidado, nas situações em que nos metemos para não comprometer demasiado o presente em prol do futuro.
O meu filho só é pequenino uma vez (como a minha avó me ensinou a dizer à minha mãe para a chantagear... LOL), quero "estar lá" para ele. É importante para mim fazer ginástica, faz-me sentir saudável, hoje. Não abdico (excepto pontualmente e a título de excepção) dos meus fins de semana, trazem-me equilíbrio. Enfim uma série de outras coisas que colaboram para que num núcleo familiar se possa considerar que se tem qualidade de vida.
Acontece que, quer queiramos quer não, e não vamos voltar à conversa do euromilhões, a realidade é que a nossa qualidade de vida passa obviamente também pelos bens materiais. Ora tirando os casos em que de facto alguém ganha o dito euromilhões ou opcionalmente se casa com um multimilionário nonagenário com um cancro de estado quatro, o dinheiro não cai do céu, é preciso lutar por ele. O empréstimo da casa não se paga sozinho e o supermercado não vende fiado.
Aqui é que a porca torce o rabo... pelo menos para mim, que sei que há malta para quem estas decisões são o menor dos males. Cada um lida melhor com um certo tipo de decisões. Eu por exemplo não tenho problema nenhum em me comprometer emocionalmente com as pessoas. A coisa agrada-me, sinto-me bem, pareço feliz, o outro parece feliz, então vamos em frente. Dá resultado, não dá resultado, depois logo se lida com o isso. Sem experimentar é que nunca iremos saber e não se desperdiça uma potencial oportunidade para ser feliz ao lado de alguém. Neste momento há meia dúzia de idiotas a rir-se de mim e a dizer que com os negócios é exactamente igual. Para mim não é. (como é que se faz um smiley a deitar a língua de fora?)
E já agora só uma nota para quem não me conhece (que segundo o meu inquérito é só uma pessoa) o "idiotas" era carinhoso, até porque a maior parte desses idiotas são os meus melhores amigos...
A realidade é que é preciso escolher muito bem os compromissos que se faz na vida. A diferença entre o meu poder de decisão no que diz respeito a relações versus o mesmo relativamente a trabalho é que com as pessoas eu acredito imenso nos meus instintos enquanto que em relação a trabalho estes são praticamente inexistentes. Dá-me portanto um trabalhão a separar o trigo do joio. Chegar racionalmente à conclusão de que, primeiro estou ou não á altura do recado, segundo os sacrifícios que vou fazer compensam o que vou ganhar com a história.
É que há quem seja "a natural" para o negócio, quem tenha visão, quem tenha garra, quem tenha espírito e sentido comercial, quem seja competitivo. Não é o meu caso, não lido bem com o stress, torno-me numa pessoa pior, para o meu filho, para o meu marido, a minha família, os meus amigos, os meus bichos. Também não reajo bem sob tensão, tenho tendência a tomar as decisões erradas.
Cada um de nós tem a sua forma de viver. Uma amiga minha faz paraquedismo, chutos de adrenalina... eu não tenho qualquer apetência, sou mais sopas e descanso. E notem que não quer dizer que não gostasse de saltar, tenho aliás um salto prometido, não era é capaz de o transformar num hobbie. Sou no entanto capaz de passar horas sentada à frente do computador a escrever posts idiotas ou a compor "livrosdephotos" para oferecer no natal. Ok, pronto, confesso, esta foi publicidade descarada, mas só porque acredito no produto, dá umas prendas fantásticas... (senão acham mesmo que passava horas á frente do computador a compô-los com tanto cuidadinho?)
Dito isto, não quero ser como o tipo da anedota, que tem uma doença fatal e Deus lhe aparece a dizer que o vai salvar. Marcam-lhe uma operação com o melhor cirurgião do mundo da especialidade e ele recusa porque diz que Deus vai salva-lo. Descobrem um remédio milagroso e ele não o toma porque Deus vai salva-lo. Podia estar aqui a tarde toda mas facto é que o homenzinho acaba mesmo por morrer e quando se encontra frente a frente com Deus pergunta-lhe: então não tinhas dito que me ias salvar? Ao que Deus responde: deves estar a gozar comigo... mandei-te o cirurgião, mandei-te o remédio... recusaste tudo, estavas à espera de quê, dum milagre, não?!
Pois... realmente não quero ser como o caramelo...
Mas também não quero ser como aquelas pessoas que estacionam o carro a três quarteirões, no primeiro spot que lhes aparece à frente, só porque têm medo de não arranjar lugar à porta.
Somos nós que fazemos o nosso caminho, como tal é importante que ele seja agradável, em todos os sentidos e tanto quanto possível.
Isto não tem a ver com vidas perfeitas nem com querer ter tudo. Em todas as situações há coisas boas e coisas más, é normal. É preciso manter o equilíbrio da nossa balança interior e saber escolher bem os carreiros e como os queremos palmilhar.
Só quero poder dizer isto quando estiver perante a "cortina final":
And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, Ill say it clear,
Ill state my case, of which Im certain.
Ive lived a life thats full.
Ive traveled each and evry highway;
And more, much more than this,
I did it my way.
Regrets, Ive had a few;
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.
I planned each charted course;
Each careful step along the byway,
But more, much more than this,
I did it my way.
Yes, there were times, Im sure you knew
When I bit off more than I could chew.
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall;
And did it my way.
Ive loved, Ive laughed and cried.
Ive had my fill; my share of losing.
And now, as tears subside,
I find it all so amusing.
To think I did all that;
And may I say - not in a shy way,
No, oh no not me,
I did it my way.
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!
publicidade mesmo era se lá pusesses www.livrodefotos.com mas da forma como escreveste não chega lá ninguém LOL.
ResponderEliminarBjs,
João
Está-se a ver que nem tentaste clicar Ó nabo... Já ouviste falar em links? Não chega lá ninguém?! Humpf... LOL
ResponderEliminarI HAVE TO COMMENT ;) mas vou tentar ter 'cuidado' para não escrever os meus habituais testamentos....
ResponderEliminarNa minha opinião em todas as decisões há sempre um elemento de risco.
Para ti vale a pena o risco do compromisso emocional porque confias nos teus instintos e nessa área és uma pessoa relativamente propensa ao risco, no entanto no que diz respeito aos compromissos de trabalho assumes uma posição mais conservadora porque provavelmente consideras que a recompensa potencial da tua decisão não vale o teu stress, pois sem a preciosa ajuda dos teus instintos é-te difícil avaliar o resultado das tuas decisões nesta área. Na ausência de instintos vês-te obrigada a recorrer a outros métodos para avaliares o resultado das tuas decisões e assumes uma atitude menos arriscada.....
Acho que todos temos que arriscar na vida, sem risco não chegamos ao nosso potencial, mas devemos encontrar uma via moderada entre uma cautela sufocante e um optimismo inconsciente.....
COMO???? Não sei.... mas sei que na vida há apenas 3 ou 4 decisões realmente importantes... so don’t worry be happy ;)
"Success is not final, failure is not fatal: it is the courage to continue that counts." - Winston Churchill
ResponderEliminarMinha cara, arriscas bem mais aceitando saltar de pára-quedas do que te metendo num negócio.
Acabei de "fechar negócio"... LOL
ResponderEliminarCoitadinho do corcodilo... Já que imagino que esse brilhante negócio fosse arranjares companhia para a Cora, lololol
ResponderEliminarMas como tu és uma pessoa de personalidade aguerrida e forte, mantém as coisas "your Way..." que ficam bem, até prova em contrário.
Kisses